O presidente da Argentina, Alberto Fernández, fez um pronunciamento ao vivo na televisão do país para dar informações sobre a tentativa de assassinato de Cristina Kirchner, vice-presidente, na noite desta quinta-feira (1º/9).
"Cristina permanece viva porque, por algum motivo que ainda não foi confirmado, a arma com cinco balas não disparou mesmo com o gatilho sendo puxado", disse Fernández.
O presidente Fernández disse ainda que “não há possibilidade que a violência conviva com a democracia”. Ele disse que o atentado merece “repúdio de toda a sociedade, de todas as áreas políticas e de todos os homens e mulheres da república".
"Temos a obrigação de recuperar a convivência democrática que foi quebrada pelo discurso de ódio que se espalhou de diferentes espaços políticos, judiciais e midiáticos", afirmou.
A vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, sofreu uma tentativa de assassinato quando chegava em casa, no bairro de Recoleta, em Buenos Aires. De acordo com informações da polícia argentina, o autor é Fernando Sabag Montiel, um brasileiro de 35 anos. O acusado tem antecedentes criminais por porte ilegal de arma. Ainda de acordo com Fernández, o acusado teria tentado disparar contra a vice-presidente usando uma pistola .38, mas não conseguiu porque a arma teria falhado.
Após a tentativa de assassinato, Cristina conversou por telefone com o presidente da Argentina, Alberto Fernández. O caso ocorreu em frente da casa de Kirchner, que vem sendo palco de vigílias há cerca de duas semanas.
No último dia 22 de agosto, o Ministério Público da Argentina, na figura do promotor Diego Luciani, pediu a prisão de Kirchner por associação ilícita agravada e administração fraudulenta agravada na licitação de obras quando governou o país, entre 2007 e 2015. O promotor pediu 12 anos de prisão, inabilitação perpétua para cargos públicos e apreensão da fortuna pessoal no valor de 5,3 bilhões de pesos argentinos — cerca de R$ 200 milhões.
De acordo com autoridades argentinas, Fernando Sabag Montiel nasceu no Brasil e mora na Argentina, provavelmente, há cerca de 32 anos, já que seus documentos de residência no país são datados de 1990. Apesar de viver em solo argentino há mais de três décadas e de seus pais não serem brasileiros, ele tem fortes vínculos com o Brasil, uma vez que tem família vivendo em São Paulo.
De acordo com informações do jornal O Globo, obtidas a partir de documentos aos quais teve acesso, o pai de Sabag, Fernando Ernesto Montiel Araya, foi alvo de um inquérito da Polícia Federal para expulsão do Brasil, por uma sentença penal condenatória.
Fonte: correiobraziliense
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