O furacão Fiona atingiu, na madrugada deste sábado (24), a costa da Nova Escócia, no leste do Canadá - anunciou o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla em inglês), com ventos máximos de 144 quilômetros por hora, após passar pelas Bermudas no dia anterior.
"Espera-se que Fiona afete hoje partes do Canadá Atlântico como um poderoso ciclone com força de furacão, com impactos significativos de ventos fortes, marejadas ciclônicas e chuvas fortes", detalhou o NHC.
Já o Centro de Furacões do Canadá indicou que fortes ventos foram relatados na Nova Escócia, na Ilha do Príncipe Eduardo, nas Ilhas da Madalena e no sudoeste de Terra Nova.
Pelo menos 125 milímetros de chuva foram registrados na Nova Escócia e na Ilha do Príncipe Eduardo, disse o centro canadense, acrescentando que existe uma "alta probabilidade" de marejadas ciclônicas na Nova Escócia, no Golfo de São Lourenço e no oeste de Terra Nova.
"Certamente, será um evento extremo histórico no leste do Canadá", havia antecipado o meteorologista canadense Bob Robichaud, em entrevista à imprensa antes de Fiona chegar ao continente.
"É um grande furacão (...) Toda sua força está presa dentro da tempestade, então é muito difícil que os ventos diminuam", acrescentou.
Em seu último boletim, o centro canadense informou que as condições melhorariam no oeste da Nova Escócia e no leste de New Brunswick neste sábado, mas devem permanecer inalteradas no restante da região.
Às 6h (horário de Brasília), o furacão estava localizado a leste da Nova Escócia e se movia na direção norte-noroeste, a cerca de 65 quilômetros por hora, segundo a mesma fonte.
As autoridades da Nova Escócia emitiram um alerta de emergência, anunciando possíveis cortes de energia e aconselhando a população a ficar em casa com mantimentos suficientes para durarem pelo menos 72 horas.
O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, afirmou que a tempestade pode "ter um impacto significativo em toda região".
Em Halifax, capital da Nova Escócia, os moradores compraram cilindros de gás propano para acampamento, esgotando os estoques das lojas.
O Fiona não causou vítimas, nem danos significativos, ao passar a cerca de 160 quilômetros a oeste das Bermudas na sexta-feira, mas deixou 15.000 de suas 36.000 casas sem energia, de acordo com a empresa de energia Belco.
O Regimento Real das Bermudas e a Belco disseram que esperam que os ventos diminuam antes de começarem a liberar as estradas e restabelecer a energia. Moradores publicaram nas redes sociais fotos de linhas de transmissão de energia derrubadas e algumas inundações.
Fiona matou quatro pessoas em Porto Rico no início desta semana, segundo a imprensa americana, enquanto uma morte foi relatada no departamento ultramarino francês de Guadalupe, e duas, na República Dominicana.
Em Porto Rico, que ainda tenta se recuperar da devastação causada pelo furacão María, há cinco anos, o presidente dos EUA, Joe Biden, declarou estado de emergência. Além disso, a Fema, a agência federal para gestão de desastres dos Estados Unidos, planeja enviar mais centenas de membros de seu pessoal para a ilha, que sofreu apagões, deslizamentos de terra e inundações.
Na República Dominicana, o presidente Luis Abinader declarou estado de desastre natural em três províncias do leste do território.
Fonte: correiobraziliense
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