A potente tempestade Fiona atingiu, neste sábado (24), a costa atlântica do Canadá, deixando mais de 500.000 casas sem luz e causando fortes chuvas e ventos.
Embora não seja mais um furacão, Fiona ainda tinha ventos de 137 quilômetros por hora, tendo tocado o continente como furacão de categoria 1 nesta madrugada, após castigar o Caribe, informaram meteorologistas.
A operadora Nova Scotia Power, que abastece a província de Nova Escócia, impactada por Fiona, relatou mais de 400.000 clientes sem energia por volta das 10h50 (horário de Brasília).
Nas outras duas províncias mais afetadas, a ilha de Príncipe Eduardo e New Brunswick, as operadoras reportaram 82.000 e 44.000 residências sem energia, respectivamente.
Em seu último boletim, às 8h45 (horário de Brasília), o Centro Canadense de furacões (CHC, na sigla em inglês) mencionou ventos de mais de 130 km/h na Nova Escócia e observou que Fiona se movia a uma velocidade de 55 km/h no sentido norte-nordeste.
"Grandes ondas atingiram a costa leste da Nova Escócia e o sudoeste de Terra Nova; podem passar de 12 metros", acrescentou o órgão.
Às 10h (horário de Brasília), o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla em inglês) divulgou que o furacão estava sobre o Golfo de São Lourenço.
"Nunca vimos condições climáticas como essa", tuitou a polícia de Charlottetown, na Ilha do Príncipe Eduardo.
"É inacreditável. Não tem eletricidade, não tem wifi, não tem rede", confirmou o prefeito da cidade, Philip Brown, em entrevista ao canal público Rádio-Canadá.
"Muitas árvores caíram, há muitas inundações nas estradas", acrescentou.
As autoridades da Nova Escócia emitiram um alerta de emergência, anunciando possíveis cortes de energia e aconselhando a população a ficar em casa com mantimentos suficientes para durarem pelo menos 72 horas.
O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, afirmou que a tempestade pode "ter um impacto significativo em toda região" e pediu a todos que "tomem as precauções adequadas".
Em Halifax, capital da Nova Escócia, os moradores compraram cilindros de gás propano para acampamento, esgotando os estoques das lojas.
Na sexta-feira (23), Fiona passou, como furacão de categoria 4 (da escala que vai até 5 de Saffir-Simpson), a cerca de 160 quilômetros a oeste das Bermudas, depois de deixar um rastro de destruição no Caribe. Com rajadas de até 160 km/h e fortes chuvas sobre este território britânico de 64.000 habitantes, Fiona não deixou vítimas, nem danos graves.
De acordo com a operadora de energia Belco, 15.000 de 36.000 lares ficaram sem energia ontem à tarde. Em muitas áreas, acrescenta a empresa, a luz foi restabelecida rapidamente.
Moradores publicaram nas redes sociais fotos de linhas de transmissão de energia derrubadas e algumas inundações.
Fiona matou quatro pessoas em Porto Rico no início desta semana, segundo a imprensa americana, enquanto uma morte foi relatada no departamento ultramarino francês de Guadalupe, e duas, na República Dominicana.
Em Porto Rico, que ainda tenta se recuperar da devastação causada pelo furacão María, há cinco anos, o presidente dos EUA, Joe Biden, declarou estado de emergência. Além disso, a Fema, a agência federal para gestão de desastres dos Estados Unidos, planeja enviar mais centenas de membros de seu pessoal para a ilha, que sofreu apagões, deslizamentos de terra e inundações.
Na República Dominicana, o presidente Luis Abinader declarou estado de desastre natural em três províncias do leste do território.
Fonte: correiobraziliense
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