Metallica e Mariah Carey lideraram, no sábado (25), o Global Citizen Festival, evento criado para mobilizar a ação contra a pobreza e a mudança climática e que contou com uma aparição de vídeo do presidente americano, Joe Biden.
Em seu 10º ano, o festival de seis horas atraiu milhares de pessoas ao Central Park de Nova York e apresentou um "show gêmeo" em Accra, capital de Gana, com o americano Usher e Stormzy, ícone britânico do grime.
O festival da Global Citizen, uma ONG filantrópica que promove o combate à pobreza extrema, à mudança climática e à discriminação, coincide com a Assembleia Geral da ONU, na esperança de aumentar a pressão sobre os líderes mundiais.
A organização distribui ingressos entre os fãs em troca de seu compromisso de impusionar ações contra os flagelos mencionados, como, por exemplo, fazer campanha nas mídias sociais e pressionar seus representantes eleitos para incentivarem a ajuda externa.
"Estamos inspirados e gratos por todo trabalho que vocês fizeram e queremos que saibam que sua luta é a nossa luta", disse a primeira-dama dos Estados Unidos, Jill Biden, que apareceu no vídeo com o marido.
Junto com os líderes democratas da Câmara de Representantes e do Senado, Nancy Pelosi e Chuck Schumer, que compareceram pessoalmente, o presidente Biden destacou a aprovação de um novo pacote legislativo sobre o clima, a legislação de maior alcance votada nos Estados Unidos para impulsionar a energia limpa.
A primeira-ministra de Barbados, Mia Amor Mottley, alertou, contudo, que a ação contra a mudança climática não está chegando a ilhas como a dela com rapidez suficiente.
"Sim, meus amigos, nosso tempo está acabando", afirmou.
A lenda do thrash metal Metallica enlouqueceu a multidão com oito músicas, incluindo uma versão de "Nothing Else Matters" com a vocalista Mickey Guyton, uma das mulheres negras mais proeminentes da música country.
Os convidados procuraram estimular a conscientização sobre uma variedade de temas, incluindo os direitos das mulheres, especialmente à luz dos protestos no Irã após a morte de Mahsa Amini sob custódia da polícia moral.
“Vi minhas irmãs forçadas a fugir do abuso, da opressão e do feminicídio no mundo todo, mulheres como Mahsa Jina Amini”, afirmou Anuscheh Amir-Khalili, de ascendência iraniana e defensora de refugiados em Berlim.
"Devemos falar pelas mulheres oprimidas. Estou aqui para elas", declarou à multidão.
Do palco, a presidente da União Europeia, Ursula von der Leyen, manifestou-se na mesma linha: "Temos que cuidar das nossas meninas e das nossas mulheres. Elas merecem".
Ursula também destacou os recentes compromissos assumidos pela Europa, que incluem 600 milhões de euros (em torno de US$ 581,5 milhões) para a segurança alimentar na África, no Caribe e no Pacífico, diante do aumento da fome em grande parte do mundo decorrente da pandemia da covid-19 e agravado pela invasão russa da Ucrânia.
Mariah Carey foi apresentada pela dançarina Misty Copeland, que interpretou seu clássico "Hero". Também subiram ao palco, entre outros, Maneskin, uma nova geração do glam rock italiano; a estrela do pop espanhol Rosalía; e os Jonas Brothers, com a esposa de Nick Jonas, a atriz indiana Priyanka Chopra, como mestre de cerimônias.
Fonte: correiobraziliense
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