21 de Setembro de 2024

Número recorde de eleitores no exterior


crédito: Crédito: Ed Alves/CB.

Lisboa — O Ministério de Relações Exteriores do Brasil montou a mais arrojada estrutura da história para que brasileiros que vivem fora do país possam votar nas eleições presidenciais deste ano. Pelos cálculos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mais de 697 mil cidadãos estão aptos a registrar suas escolhas nas urnas eletrônicas neste domingo, 2 de outubro. Trata-se de um aumento de 39% ante o pleito de 2018. A movimentação em torno da disputa que definirá o comandante da maior economia da América Latina pelos próximos quatro anos está tão intensa, que fortíssimos esquemas de segurança foram montados nos locais com mais votantes, de forma a garantir a tranquilidade do processo e o respeito aos resultados.

Tamanha preocupação se explica pela enorme radicalização política no Brasil, que extrapolou suas fronteiras. Os riscos de violência são latentes, estimulados pela disseminação de notícias falsas que tentam desacreditar o sistema eleitoral brasileiro. A fim de reforçar a segurança das urnas eletrônicas, que estão em operação desde 1996 sem que nenhuma suspeita de fraudes tenha sido comprovada, o Itamaraty despachou várias equipes para os principais locais de votação no mundo. O chanceler Carlos França se encarregou de ir pessoalmente à Flórida para garantir que os eleitores exerçam o pleno direito à cidadania. No total, haverá eleições em 181 cidades. Os Estados Unidos puxam a fila de eleitores, seguidos por Portugal e Japão.

Em 2018, o presidente Jair Bolsonaro, então no PSL, consagrou-se como vencedor no exterior, com quase três vezes o total de votos dados a Fernando Haddad, do PT — 131.671 contra 53.730. “Neste ano, porém, a disputa será mais acirrada”, acredita o cientista político André Rosa. “O perfil dos brasileiros que saíram do país nos últimos quatro anos é bem diferente daquele que já vivia no exterior nas eleições de 2018. Além disso, há um oponente a Bolsonaro bem mais competitivo, o ex-presidente Lula”, acrescenta. Para ele, outro fator deve ser levado em conta: assim como no Brasil, muitos eleitores de Bolsonaro no exterior se decepcionaram com ele e prometem não repetir os votos. “Tudo isso deve ser considerado”, acredita.

O aumento no número de eleitores brasileiros em determinadas localidades impressiona. Em Dublin, na Irlanda, o incremento frente a 2018 foi de 465% (de 2.111 para 11.946 eleitores). Em Lisboa, Portugal, houve um salto de 113%. A capital portuguesa, com 45.273 votantes, subiu da sétima para a primeira posição entre os colégios eleitorais fora do Brasil. Crescimento semelhante se viu no Porto, também em Portugal, agora com 30.098 autorizados a irem às urnas (+110%), e em Paris, França, que passou a contar com 22.629 eleitores (+104%). Nesses grupos estão cidadãos mais escolarizados e mais bem-informados.

Fonte: correiobraziliense

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