22 de Novembro de 2024

Dois palestinos morrem em operação das forças israelenses na Cisjordânia


crédito: AFP

Dois palestinos morrem e muitos outros ficaram feridos neste sábado (8/10) por disparos do exército israelense durante uma operação na cidade de Jenin, na Cisjordânia ocupada, informou o Ministério da Saúde palestino.

A pasta detalhou em uma nota que "dois cidadãos foram assassinados a tiros pela ocupação [israelense] em Jenin", no norte da Cisjordânia, território ocupado por Israel desde 1967.

Também ficaram feridos outros 11 palestinos, três dos quais estão em estado grave, acrescenta o comunicado.

O exército israelense disse que suas tropas realizaram uma operação na região para prender um palestino de 25 anos suspeito de pertencer ao grupo armado Jihad Islâmica e de atirar contra soldados.

"Durante a operação, dezenas de palestinos lançaram artefatos explosivos e coquetéis molotov contra os soldados israelenses, que foram alvos de disparos", disse o exército em um comunicado.

"Os soldados responderam com munição real contra os suspeitos armados", acrescentou.

Segundo a agência oficial de notícias palestina Wafa, as forças israelenses também atiraram contra os jornalistas durante a operação.

Em outro incidente, ocorrido na quarta-feira, dois jornalistas ficaram feridos durante uma operação israelense em Deir al Hatab, a leste de Nablus, na qual um palestino morreu.

Em resposta ao ataque de hoje em Jenin, o movimento islamista Hamas, que controla a Faixa de Gaza, louvou a "resistência na Cisjordânia" diante da "debilidade" do exército israelense, que - acrescentou - "precisa mobilizar todos os seus aviões militares e helicópteros para deter uma única pessoa".

Nos últimos meses, o exército israelense realizou incursões frequentes, muitas vezes mortais, em Jenin e em outras partes da Cisjordânia, visando principalmente militantes palestinos. Dezenas de palestinos morreram, entre combatentes e civis.

O aumento da violência na Cisjordânia coincide com a campanha eleitoral em Israel para o pleito de 1º de novembro e com as tensões internas nos territórios palestinos, onde muitos jovens acusam a Autoridade Nacional Palestina (ANP) dirigida por Mahmoud Abbas de não se opor às operações das forças israelenses.

Fonte: correiobraziliense

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