Washington, Estados Unidos- A compra do Twitter por Elon Musk foi um melodrama desde o início: um vai e vem de emoções entre um bilionário excêntrico e uma rede social influente.
Esse casamento, precedido por um namoro de amor e ódio de ambos os lados, foi consumado na quinta-feira (27/10), quando Musk assumiu o controle da empresa, segundo a mídia americana.
A seguir, uma visão geral de seu romance com a rede:
Tudo começou com um primeiro encontro muito caro: Musk, um usuário veterano do Twitter conhecido por suas mensagens polêmicas, levou 73,5 milhões de ações pelas quais pagou quase US$ 2,9 bilhões.
Revelada em um documento do órgão regulador em 4 de abril e que deu a ele uma participação de 9,2% na empresa, a compra disparou as ações do Twitter e provocou rumores de que Musk estava buscando um papel importante nas operações da empresa.
Também rendeu-lhe um assento no conselho de administração. O CEO da mídia social, Parag Agrawal, anunciou a oferta em um tuíte, chamando Musk de "adepto apaixonado e crítico intenso do serviço, que é exatamente do que precisamos".
Mas a atração inicial não durou: Musk desistiu de entrar no conselho de administração e rapidamente lançou uma oferta pública de compra da empresa, oferecendo US$ 54,20 por ação, de acordo com um documento de 13 de abril.
Mais tarde, em 25 de abril, o Twitter anunciou que venderia a plataforma para Musk por US$ 44 bilhões.
Musk vendeu então US$ 8,4 bilhões em ações da Tesla, prometeu usar até US$ 21 bilhões de sua fortuna pessoal e conseguiu alguns bilhões de dólares de contribuição através de amigos.
Mas o bilionário não demorou a mostrar sinais de arrependimento. Em 13 de maio, ele disse que o acordo de compra do Twitter estava "temporariamente suspenso", à espera de informações sobre spam e contas falsas na rede social.
Após dois meses de confrontos públicos sobre o assunto, ele cancelou o acordo, acusando o Twitter de fazer declarações "enganosas".
A empresa foi rápida em tomar medidas legais para fazer cumprir o acordo.
Ambas as partes se prepararam para um longo e caro embate na frente de um tribunal especial do estado de Delaware.
Musk foi favorecido, após revelações de um ex-funcionário do Twitter, que expôs as deficiências da empresa na relação com as contas falsas, ou de robôs, assim como sua aparente negligência nas questões de segurança.
Já o Twitter sustenta rigorosamente que seu acordo com Musk estava selado e, por isso, deveria ser cumprido.
No início deste mês, Musk revelou - em um tuíte, é claro - que ele concordou em fechar o negócio pelo preço inicialmente oferecido, chamando a compra de um "acelerador" para a criação de "X", que, segundo ele, seria "a aplicação de tudo", sem dar mais detalhes.
O litígio foi suspenso, e o tribunal de Delaware estabeleceu esta sexta-feira como o prazo final para selar o acordo.
Na quinta-feira, finalmente chegou a notícia de que as núpcias estavam finalizadas: Musk assumiu o controle do Twitter e demitiu seus principais executivos, incluindo o CEO, informou a mídia americana.
Mais cedo naquele dia, Musk disse que esperava encorajar um debate "saudável" na plataforma.
Musk já havia dado pistas sobre a união iminente, ao mudar sua biografia no Twitter para "Chief Twit" e visitar a sede da empresa na Califórnia no início da semana.
Se este é um final feliz, só o tempo dirá.
Fonte: correiobraziliense
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