Morador do distrito de Ceugenang, na província de, o estudante Muhammad Faisal Gibran, 19 anos, tomava banho quando percebeu que a água se agitava. Tudo aconteceu às 13h21 (3h21 em Brasília). "Corri para fora e vi casas e prédios desmoronados. As pessoas também corriam em direção à rua. Vi muitos chorando, enquanto estavam presos contra a parede de uma casa que ruiu", contou ao Correio. "Entre os feridos, havia idosos e crianças. Os moradores que sobreviveram tentavam, desesperadamente, salvar quem estava soterrado. A primeira ambulância chegou meia hora depois." Um terremoto de 5,6 graus na escala Richter (aberta, raramente chega a 9) sacudiu a região ocidental da Ilha de Java e deixou pelo menos 162 mortos e 700 feridos. As autoridades da Indonésia não descartam o aumento no número de vítimas.
O tremor desabrigou 13.782 pessoas e danificou 2.345 casas. "Muitos prédios ficaram nivelados com o solo. Mesmo imóveis de três andares foram esmagados", disse Gibran. A empresária Gina Sri Reinjani Bangma, 38 anos, vive em Panembong, também no distrito de Cianjur, e estacionava o carro quando sentiu o abalo. "Foi um sismo imenso. Não aconteceu repentinamente. Os tremores continuaram em forma de pequenas ondas", afirmou à reportagem, por meio do WhatsApp.
"Quando entrei com o carro no estacionamento do prédio onde fica meu escritório, escutei um barulho vindo do chão. O carro parecia chacoalhar. Entrei em pânico e todos começaram a sair do edifício", acrescentou Gina. Lentamente, ela engatou a marcha a ré no veículo e, enquanto se afastava, os vidros das janelas do segundo andar caíram sobre o chão da garagem. "Muitas das pessoas que saíram ficaram feridas por conta dos estilhaços."
O estudante Luthfi Anshor, 25 anos, tirava uma soneca no dormitório da escola islâmica, em Cikotok, na província de Cianjur. "De repente, tudo começou a tremer e saímos correndo para fora. Vi prédios chocoalharem, telhados caírem e a água se remexer. Felizmente, em minha cidade não houve prédios gravemente danificados e ninguém morreu", contou ao Correio. "Foi algo muito assustador. Eu e meus amigos nos abrigamos em um campo aberto. Lá, entrei em contato com colegas que moram em outros vilarejos e subdistritos. Eles em contaram muitos prédios residenciais e escolas, além de shopping centers, ruíram. Assim que ocorreu o terremoto, a eletricidade foi cortada e só retornou quase 12 horas depois."