Autoridades de Urumqi, capital da região de Xinjiang, no noroeste da China, anunciaram neste sábado, 26, que vão começar a afrouxar as restrições anticovid em alguns pontos da cidade após a polêmica nas redes sobre a morte de 10 pessoas em um incêndio. Moradores da cidade estão confinados desde agosto.
Relatos apontam que o incêndio começou no décimo quinto andar de um edifício residencial na noite de quinta-feira, mas somente três horas depois os bombeiros terminaram de apagar as chamas e resgatar os feridos, que tiveram de ser transferidos para centros hospitalares para serem tratados por inalação de fumaça.
Pelas redes sociais, censuradas no país asiático, inúmeros usuários expressaram indignação com incidente. Um vídeo compartilhado pelos moradores mostram o que parece ser um caminhão de bombeiros direcionando um jato de água contra o prédio a distância porque não podia se aproximar em razão do confinamento imposto pelas autoridades em virtude da covid-19.
A onda de revolta aumentou quando autoridades deram declarações públicas culpando os moradores pela tragédia. "Alguns moradores não tiveram capacidade para se salvar", disse Li Wensheng, chefe do corpo de bombeiros de Urumqi, em uma entrevista coletiva.
No dia seguinte, moradores marcharam em silêncio pelas ruas da cidade. Autoridades disseram que uma mulher de 24 anos foi presa "por divulgação de informações falsas".
Após o incêndio e a onda de indignação, o governo de Urumqi anunciou que a cidade conseguiu interromper a transmissão do coronavírus em nível comunitário e que "gradualmente restaurará a ordem na vida dos cidadãos". (Com agências internacionais).
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: correiobraziliense
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