A guerra na Ucrânia aumentou o risco do uso de armas de destruição em massa, incluindo armas químicas – alertou nesta segunda-feira (28) o presidente da Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq), Fernando Arias.
Esta organização internacional é encarregada do controle desse tipo de armamento. "A situação na Ucrânia aumentou mais uma vez a ameaça real de armas de destruição em massa, inclusive químicas", declarou Arias.
Segundo este diplomata espanhol, a Opaq monitora de perto a situação na Ucrânia. A invasão russa "acentuou as tensões existentes a tal ponto que já não é evidente a unidade da comunidade internacional nos desafios globais relacionados com a segurança e a paz internacionais", acrescentou Arias, durante a reunião anual desta organização, sediada em Haia (Holanda).
Órgãos internacionais de desarmamento, como a Opaq, "tornaram-se lugares de confronto e desacordo", lamentou. O presidente da Opaq lembrou que Rússia e Ucrânia estão entre os 193 países que "solene e voluntariamente se comprometeram a não desenvolver, produzir, adquirir, armazenar, ou usar, armas químicas".
Apesar disso, as autoridades ucranianas e russas trocaram acusações nos últimos meses de um possível uso de armas nucleares, químicas e biológicas. A Opaq também criticou a Síria, aliada da Rússia, pelos "graves descumprimentos" dos pedidos da organização internacional.
Segundo Arias, o governo sírio negou visto a um inspetor da Opaq e não levou em consideração as medidas solicitadas pela agência.
O Exército sírio nega ter usado armas químicas e afirma ter desistido de suas reservas dessas munições, conforme acordado em 2013, após um suposto ataque com gás sarin que matou 1.400 pessoas em Ghuta, nos arredores de Damasco.
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Fonte: correiobraziliense
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