No derradeiro dia de 2022, o Correio Braziliense relembra os fatos de um ano marcado por episódios históricos. Nos últimos 12 meses, o mundo assistiu a primeira guerra entre nações europeias no século XXI, a morte de uma das maiores monarcas de todos os tempos e teve um melhor vislumbre do universo que nos rodeia. Confira:
Ataques russos à Ucrânia, crise política e conflito ainda sem resolução.
Yasuyoshi CHIBA / AFP
Eleições pelo mundo: Emmanuel Macron, na França, Gustavo Petro na Colômbia e João Lourenço na Angola.
Ludovic MARIN / POOL / AFP, DANIEL MUNOZ / AFP e Julio PACHECO NTELA / AFP
Início do julgamento sobre ação no Capitólio em janeiro de 2021.
Saul LOEB / AFP
Vários países pelo mundo aprovaram os casamentos LGBTQIA+ em 2022.
Reprodução/Freepik
A volta da varíola dos macacos e grande número de casos foram registrados pelo mundo.
Sam PANTHAKY / AFP
James Webb: O Telescópio que revolucionou as imagens do espaço.
NASA, ESA, CSA and STScI
Atentado e condenação de Cristina Kirchner, vice-presidente da Argentina.
Luis ROBAYO / AFP
Reino Unido chorou morte de Rainha Elizabeth II e acolheu Charles III como novo monarca.
Jonathan Brady / POOL / AFP
Posto de primeiro-ministro britânico foi ocupado por três pessoas em 2022.
Justin Tallis/AFP; Daniel LEAL / AFP e JESSICA TAYLOR / UK PARLIAMENT / AFP
Mulheres no Irã protestaram por seus direitos.
AFP
27ª reunião anual da Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima ocorreu no Egito.
Joseph EID / AFP
Polêmica medida de restrição "covid zero" causou protestos na China.
Anthony WALLACE / AFP
A destruição do Furacão Ian nos EUA.
JOE RAEDLE / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP
Anúncio de fechamento do Congresso e destituição de Castillo no Peru.
Carlos MAMANI / AFP
Em 24 de fevereiro, forças russas cruzaram as fronteiras da Ucrânia e começaram a bombardear alvos militares perto de grandes cidades do país. O conflito entre os dois países começou em 2014, quando as forças armadas ucranianas e separatistas apoiados pelos russos travaram uma guerra nas regiões de Donetsk e Luhansk. No entanto, em fevereiro de 2022, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, reconheceu a independência dessas duas regiões mantidas pelos separatistas e enviou tropas russas para lá, rompendo o acordo de paz.
Na Colômbia, o ex-guerrilheiro Gustavo Petro foi eleito presidente no 2º turno, em 19 de junho. Com a vitória, Petro se tornou o primeiro presidente de esquerda no Palácio de Nariño, após três tentativas de eleição, obtendo 50,49% dos votos contra 47,25% de Rodolfo Hernández.
Já em Angola, João Lourenço alcançou a reeleição para um segundo mandato após uma vitória acirrada do partido do governo. O MPLA, no poder desde a independência do país em 1975, obteve 51,17% dos votos, enquanto o primeiro partido da oposição, a União Nacional para a Independência Total de Angola (Unita), somou 43,95% dos votos.
Trump não foi afetado pelo julgamento das ações no Capitólio e, após muita especulação, anunciou a pré-candidatura à presidência dos EUA em 2024, quando ocorrem as eleições nacionais. O anúncio precoce é considerado por analistas como uma tentativa de ficar à frente de outros membros do Partido Republicano e evitar possíveis acusações criminais por investigações das quais ele é objeto.
Apesar de não ter se tornado uma pandemia, o mundo foi assombrado pela possibilidade do aumento do número de casos da varíola do macaco, a monkeypox — que havia sido erradicada em grande parte do planeta em 1980, com poucos casos sendo registrados em países da África nas últimas décadas.
Em 2022, o Reino Unido teve ao todo três primeiros-ministros distintos. Entre escândalos envolvendo o nome de Boris Johnson, o inglês renunciou ao cargo, foi sucedido pela conservadora Liz Truss, que permaneceu no cargo por 44 dias até renunciar e ser substituída por Rishi Sunak.
Em julho, Boris Johnson anunciou que renunciaria ao cargo de líder do Partido Conservador e, portanto, ao cargo de primeiro-ministro do Reino Unido. A pressão para a renúncia ocorreu após uma série de escândalos desencadeados pela nomeação de Chris Pincher, do Partido Conservador, para um cargo no governo em 2019, mesmo após Johnson ser informado que havia uma queixa contra Pincher por assédio sexual.
No dia seguinte, o furacão perdeu intensidade, mas foi declarado como um dos um dos cinco furacões mais potentes a atingir a Flórida. Segundo equipes de resgate, 103 pessoas morreram durante a passagem do fenomêno.
Prevista para ocorrer em 2021, a 27ª reunião anual da Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima foi adiada para novembro de 2022 por medidas de segurança da covid-19.
O objetivo do encontro é que líderes mundiais conversem sobre as metas estabelecidas em encontros anteriores, definam maneiras de desacelerar ações globais sobre o clima e a emissão de gases do efeito estufa. Dentre alguns dos avanços na 27ª edição, houve a criação do fundo de perdas e danos para países vulneráveis.
Em dezembro, a população da China foi às ruas criticar a medida do governo de “covid-zero”, que consiste em rígidas medidas de isolamento e lockdown, implementada em 2020.
No país a vacinação não foi tão efetiva quanto em países como o Brasil, sendo a população idosa representando uma grande parcela dos não vacinados. Por isso, o governo voltou a usar o lockdown como uma forma de conter, novamente, o avanço da doença no país. Após as manifestações, a política foi revista na China.
No dia 7 de dezembro, Pedro Castillo, até então o presidente do Peru, anunciou em rede nacional a decisão de fechar o Congresso e estabelecer um "governo de exceção", enquanto enfrentava um processo de impeachment. A medida pegou o país de surpresa e foi classificada como um golpe de estado.
O peruano foi deposto da presidência. A partir daí, a Suprema Corte do Peru determinou que a vice, Dina Boluarte, assumisse a Presidência e Castillo foi preso momentos depois, enquanto se preparava para deixar o Palácio do Governo.
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