A China pediu que seja tratada com "cabeça fria" a disputa sobre um balão chinês gigante que se dirige para o leste dos Estados Unidos.
Os recursos do balão neste caso em particular não estão claros, mas especialistas dizem que pode ser mais um "sinal" do governo de Pequim do que uma ameaça à segurança.
"Pequim provavelmente está tentando enviar um sinal a Washington: 'Embora queiramos melhorar nossos laços, também estamos sempre prontos para uma competição sustentada, por qualquer meio necessário', sem inflamar severamente as tensões", disse o analista He Yuan Ming à BBC. "E que melhor ferramenta para isso do que um balão aparentemente inócuo", acrescentou.
Os balões são uma das formas mais antigas de tecnologia de vigilância. Os militares japoneses os usaram para bombardear os EUA durante a Segunda Guerra Mundial. Eles também foram amplamente utilizados pelos EUA e pela União Soviética durante a Guerra Fria.
Mais recentemente, os EUA têm considerado adicionar balões de alta altitude à rede de vigilância do Pentágono. Balões modernos normalmente flutuam entre 24 e 37 quilômetros acima da superfície da Terra.
O Departamento de Defesa dos EUA disse na quinta-feira que o balão chinês estava "significativamente acima de onde passa o tráfego aéreo civil".
O especialista em China Benjamin Ho disse que Pequim tem disponível tecnologia de vigilância mais sofisticada que balões.
"Eles têm outros meios para espionar a infraestrutura americana, ou qualquer informação que queiram obter. O balão era para enviar um sinal aos americanos e também para ver como os americanos reagiriam", disse Ho, coordenador do programa da China na a Escola de Estudos Chineses na Escola de Estudos Internacionais S. Rajaratnam de Cingapura.
Pode até ser que a China quisesse que os EUA detectassem o balão.
"É possível que ser descoberto fosse o ponto principal. A China poderia estar usando o balão para demonstrar que tem uma capacidade tecnológica sofisticada para penetrar no espaço aéreo dos EUA sem arriscar uma escalada séria. Nesse sentido, um balão é uma escolha bastante ideal", disse Arthur Holland Michel, da instituição Carnegie Council for Ethics in International Affairs.
No entanto, alguns especialistas apontam que os balões podem ser equipados com tecnologia moderna, como câmeras espiãs e sensores de radar, e seu uso para vigilância tem algumas vantagens, sendo a principal delas o fato de serem mais baratos e fáceis de usar do que os drones ou satélites.
A velocidade mais lenta do balão também permite que ele demore mais e monitore a área-alvo por períodos mais longos. O movimento de um satélite, por outro lado, é restrito à velocidade de sua órbita.
O formato de distribuição de notícias do Correio Braziliense pelo celular mudou. A partir de agora, as notícias chegarão diretamente pelo formato Comunidades, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp. Não é preciso ser assinante para receber o serviço. Assim, o internauta pode ter, na palma da mão, matérias verificadas e com credibilidade. Para passar a receber as notícias do Correio, clique no link abaixo e entre na comunidade:
Apenas os administradores do grupo poderão mandar mensagens e saber quem são os integrantes da comunidade. Dessa forma, evitamos qualquer tipo de interação indevida. Caso tenha alguma dificuldade ao acessar o link, basta adicionar o número (61) 99555-2589 na sua lista de contatos.
Quer ficar por dentro sobre as principais notícias do Brasil e do mundo? Siga o Correio Braziliense nas redes sociais. Estamos no Twitter, no Facebook, no Instagram, no TikTok e no YouTube. Acompanhe!
Fonte: correiobraziliense
Utilizamos cookies próprios e de terceiros para o correto funcionamento e visualização do site pelo utilizador, bem como para a recolha de estatísticas sobre a sua utilização.