25 de Fevereiro de 2025

Rússia se diz alvo de um "ataque terrorista" de "sabotadores ucranianos"


crédito: AFP

Em pronunciamento na televisão, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou, ontem, que um grupo de combatentes ucranianos atravessou a fronteira no sul do país e disparou contra a população. "O Exército protege a Rússia e nosso povo contra os neonazistas e os terroristas (...) Aqueles que cometeram um novo ataque terrorista hoje (ontem) se infiltraram em nosso território fronteiriço e abriram fogo contra civis", afirmou. Kiev negou envolvimento no episódio, classificando a acusação como uma "provocação deliberada". Em vídeos, os agressores se identificaram como "voluntários russos" do Exército ucraniano.

Por conta do episódio, inédito em mais de um ano de guerra com a vizinha Ucrânia, Putin cancelou uma viagem que faria para o Cáucaso russo, informou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov. O presidente, acrescentou Peskov, decidiu ainda convocar para hoje uma reunião do Conselho de Segurança, o principal órgão de tomada de decisão militar do país.

De acordo com as informações oficiais, os ataques ocorreram em localidades de Bryansk e Kursk, próximas à fronteira com a Ucrânia. O Serviço Federal de Segurança (FSB) e as autoridades de Briansk anunciaram operações para "eliminar" um grupo de "sabotadores" ucranianos infiltrado na região, distante 400km de Moscou.

"A situação nas localidades do distrito de Klimovski, na região de Briansk, está sob controle das forças de segurança. Um grande número de explosivos de diferentes tipos foi encontrado", destacou o FSB, segundo agências de notícias russas.

O serviço de segurança confirmou que um civil morreu e uma criança ficou ferida no ataque. Mais cedo, o governador regional, Alexander Bogomaz divulgou que "um grupo de reconhecimento e de sabotagem" também havia entrado na localidade de Lyubechane. "As Forças Armadas da Federação Russa estão tomando todas as medidas necessárias para eliminar esse grupo", disse. Segundo o governador, "os sabotadores abriram fogo contra um veículo em movimento".

O grupo ucraniano teria feito reféns, segundo as agências russas Ria Novosti, TASS e Interfax, que citaram testemunhas e fontes das forças de segurança. A agência de notícias France Presse, entretanto, não conseguiu verificar a procedência dessas informações com fontes independentes.

Em dois vídeos publicados nas redes sociais, quatro homens uniformizados, que dizem integrar grupo de "voluntários russos" nas tropas ucranianas, anunciam que se infiltraram em Briansk. Nas gravações, cuja autenticidade a AFP também não pôde verificar, eles criticam Moscou e negam terem tomado reféns ou matado civis.

Na avaliação de Mikhailo Podoliak, conselheiro de Segurança do presidente Volodymyr Zelensky, disse que a acusação tem o objetivo de "assustar sua população para justificar" a ofensiva no território vizinho. Para ele, o episódio pode estar relacionado com uma ação de "milicianos" russos, que operam com métodos de guerrilha. As regiões russas de fronteira foram alvo de vários bombardeios desde o início do conflito, mas é incomum que as autoridades apresentem relatos sobre sabotadores.

Fonte: correiobraziliense

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