23 de Novembro de 2024

Por que 1° de maio foi marcado por violência nas ruas na França


Pelo menos 291 pessoas foram presas e 108 policiais ficaram feridos durante confrontos em protestos que ocorreram em toda a França nesta segunda-feira, feriado do Dia do Trabalho. Os manifestantes fizeram atos contra as reformas previdenciárias, segundo o ministro do Interior, Gérald Darmanin.

Ele disse que é extremamente raro haver um número tão grande de policiais feridos.

Centenas de milhares de pessoas participaram das manifestações do 1º de Maio contra as reformas do presidente Emmanuel Macron, segundo o Ministério do Interior francês.

A maioria era pacífica, mas grupos radicais lançaram coquetéis molotov e fogos de artifício contra policiais durante os protestos. A polícia respondeu com gás lacrimogêneo e canhões de água.

Ainda não está claro quantos manifestantes ficaram feridos.

A primeira-ministra, Élisabeth Borne, tuitou que a violência é "inaceitável", ao mesmo tempo em que elogiou a "mobilização responsável e o compromisso" dos manifestantes em várias cidades.

Este é o último dia de ação em massa contra as mudanças que aumentam a idade de aposentadoria de 62 para 64 anos. Os sindicatos querem impedir que a medida seja implementada.

O Ministério do Interior estimou o número total de manifestantes em 782 mil, incluindo 112 mil na capital Paris. Mas o sindicato CGT diz que o número é três vezes maior que o divulgado pelo órgão estatal.

Em Paris, um policial sofreu queimaduras graves nas mãos e no rosto ao ser atingido por um coquetel molotov, disse Darmanin.

Também foram registrados casos de violência em Lyon, Toulouse e Nantes, onde veículos foram incendiados e empresas atacadas.

Também houve relatos de que os manifestantes ocuparam brevemente um hotel de luxo na cidade de Marselha, no sul do país. Esta foi a primeira vez desde 2009 que os oito principais sindicatos da França apoiaram os protestos, informou a agência de notícias AFP.

Há violência nos protestos desde março, quando o governo decidiu forçar a lei a passar pela câmara baixa do parlamento - onde não tem maioria absoluta - sem votação.

Macron diz que a reforma é uma necessidade.

Ele assinou a reforma em lei no dia 15 de abril, horas depois de o Conselho Constitucional da França ter apoiado amplamente as mudanças. Mas as pesquisas de opinião mostram que a grande maioria da população se opõe à idade de aposentadoria mais alta.

As reformas devem entrar em vigor em setembro.

O governo prometeu novas negociações, mas os sindicatos estão determinados a revogar as mudanças, e não está claro de que maneira um acordo poderia ser feito.

Fonte: correiobraziliense

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