19 de Setembro de 2024

Maio Verde: especialista explica sobre os tratamentos e riscos do glaucoma


O Maio Verde foi escolhido por especialistas para representar o mês de conscientização do glaucoma, uma doença genética que se caracteriza por alteração do nervo óptico, podendo levar a um dano irreversível das fibras nervosas. O problema age de forma silenciosa, resultando em vistas embaçadas e até na perda da visão. A doença é causada pelo aumento da pressão intraocular — que se dá por acúmulo de líquido que fica dentro do olho, atingindo 2% da população brasileira. 

De acordo com os dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG), cerca de 2,5 milhões de brasileiros com mais de 40 anos sofrem com a doença crônica. A data de combate foi instituída a partir do decreto de lei n°10.456, de 13 de maio de 2002, decretando o dia 26 de maio como o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma. 

A oftalmologista Tatiana Leão, do CBV-Hospital de Olhos, relata sobre como a doença pode afetar o campo visual periférico da visão e pode levar alguns anos para que o paciente possa sentir algum sintoma. “É um problema ocular irreversível, mas que tem controle com tratamento, se descoberto logo no início. Por isso, é muito importante o acompanhamento com um especialista”, afirma.

Ainda de acordo com a especialista, a doença é mais comum em pessoas com mais de 60 anos. Ela também pode acometer crianças, mesmo sendo um caso raro. "O acordo de crianças é mais raro, mas a criança pode nascer com glaucoma, como o glaucoma congênito — é considerado a forma mais rara da doença que, na maioria das vezes, é hereditário e consiste no aumento da pressão intraocular em crianças e recém-nascidos", explica.

Leão ressalta ainda a importância de consultar um especialista para o diagnóstico da doença na fase inicial. “É imprescindível visitar o oftalmologista anualmente para fazer os exames de rotina, e detectar casos suspeitos, para diagnóstico inicial e realizar os exames de controle. O tratamento e retornos são individuais e de acordo com a necessidade de cada caso. O glaucoma, quando já está avançado, pode levar à cegueira irreversível”, diz.

Ainda segundo ela, a doença pode ser tratada com colírios e em alguns casos é necessária uma intervenção cirúrgica para baixar a pressão ocular.

A dona de casa Emelicia Pereira Telles, 47 anos, descobriu que tinha a doença quando começou a ter perda da visão e após um exame oftalmológico, o resultado confirmou o glaucoma. Ela teve 100% da visão afetada.

Assim, compreende-se que o glaucoma é assintomático, não é possível perceber sinais da doença, por isso especialistas fazem a recomendação para a realização de exames de rotina. “Se formos esperar manifestar algum sintoma, pode ser que o diagnóstico dessa doença só se dê em fases mais avançadas, através da lesão do nervo óptico por aumento da pressão intraocular, a pessoa vai perdendo o campo visual de fora para dentro. Depois que a lesão de glaucoma acontece, a gente não consegue revertê-la. Então esperar por sintomas para procurar um médico, não é o adequado, o ideal para diagnosticar é fazer uma consulta anual com oftalmologista”, diz a médica oftalmologista Nubia Vanessa.

Para aqueles que fazem o exame e descobrem a doença, é preciso começar com o tratamento para reduzir a pressão ocular. Após diagnóstico do tipo de glaucoma, pode ser feito por medicamentos e até cirurgias.

 

 

 

 

 

*Estagiária sob supervisão de Ronayre Nunes

Fonte: correiobraziliense

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