23 de Novembro de 2024

Existem adoçantes bons e ruins? Entenda cada tipo


crédito: jcomp/Freepik

A Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou ontem (15) um alerta com relação ao consumo de adoçantes que não são eficazes para a redução de gordura corporal e podem também ser um risco maior para a diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e até mortalidade na população adulta.

Entre os adoçantes artificiais desaconselhados pela OMS estão aspartame, ciclamatos, sacarina, acesulfame K, advantame, neotame, sucralose, estévia e seus derivados.

Os adoçantes são classificados como naturais e artificiais. Estes últimos são, ainda, divididos entre nutritivos e não nutritivos, dependendo se contêm ou não calorias, respectivamente. Os nutritivos incluem os polióis monossacarídeos (por exemplo, xilitol, manitol e sorbitol) e os polióis dissacarídeos (lactitol e maltitol).

Já os não nutritivos, conhecidos como artificiais, incluem substâncias de diferentes classes químicas que são 30 a 13 mil vezes mais doces que a sacarose. Entre eles, estão aspartame, sacarina, sucralose e estévia.

Segundo a nutricionista Patrícia Alves Soares Lara, especialista em oxidologia e bioquímica celular e sócia-fundadora da Clínica Soloh de Nutrição, retirar completamente edulcorantes e trocá-los por outros adoçantes naturais do tipo suco de maçã, poderia ser uma alternativa. Ela cita, inclusive o mel, que tem a frutose, e não é, necessariamente, ruim para o diabético. Outra dica é o doce do suco de cana de açúcar.

"Enfim, adoçantes como açúcar de coco são uma alternativa também. É uma tentativa para alguns pacientes. Mas você trabalhar a palatabilidade de um elemento na população inteira, especialmente como a do Brasil, que tem uma grande incidência de obesidade, eu acho complexo", acrescenta.

É difícil a gente considerar isso como regra para toda a população. Veja bem, 20% da população brasileira é considerada obesa mesmo. Desses 20%, têm 55% de obesos adultos. Então, muitas vezes, para que essas pessoas consigam desapegar do sabor adocicado do açúcar, elas vão partir para o adoçante e, dali para frente, para outras recomendações de saúde. Se isso vai gerar, a longo prazo, perda de peso, são outras questões que precisam ser levantadas. Mas é polêmico por conta disso, porque, às vezes, aquela é a muleta que o indivíduo precisa para abandonar o açúcar, e ainda está em processo de modificação dos hábitos", explica a nutricionista.

"Mas que seria melhor conseguir, na verdade, adaptar o paladar para não precisar adoçar os alimentos, isso seria ótimo. Só gera essa questão: com 55,4% dos adultos com excesso de peso...são 55% de obesos entre os adultos. Na população em geral, 20% é obesa, obesa mesmo. Então o que é preciso fazer? Pensar: vale a pena excluir completamente os adoçantes num contexto desse? Penso que não, penso que às vezes usar uma alternativa de algum edulcorante saudável seja possível", destaca Patrícia também.

Fonte: correiobraziliense

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