A taxa de desocupação no Brasil foi de 8,5% no trimestre móvel encerrado em abril de 2023. A variação de 0,1 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, de novembro de 2022 a janeiro de 2023, demonstra estabilidade no índice, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta quarta-feira (31/5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Essa é a menor taxa para um trimestre encerrado em abril desde 2015, quando o índice ficou em 8,1%. Em comparação com o mesmo período de 2022, a taxa de desocupação caiu 2 pontos.
“Essa estabilidade é diferente do que costumamos ver para este período. O padrão sazonal do trimestre móvel fevereiro-março-abril é de aumento da taxa de desocupação, por meio de uma maior população desocupada, o que não ocorreu desta vez”, explica Alessandra Brito, analista da pesquisa.
Além disso, o número de pessoas ocupadas, de 98 milhões, recuou 0,6% (ou menos 605 mil pessoas) na comparação com os resultados do trimestre terminado em janeiro. “Essa redução faz parte da tendência sazonal observada na série histórica. Quando se compara abril com janeiro, essa redução tem ocorrido, exceto pelo período da pandemia”, lembra Brito.
Segundo os dados do IBGE, há ainda uma taxa de informalidade de 38,9% da população ocupada (ou 38 milhões de trabalhadores informais), ante 39% no trimestre anterior e 40,1% no mesmo trimestre do ano anterior.
A pesquisa ainda apresentou que o rendimento real habitual (R$ 2.891) ficou estável frente ao trimestre anterior e cresceu 7,5% em relação a 2022. A massa de rendimento real habitual (R$ 278,8 bilhões) também ficou estável frente ao trimestre anterior e cresceu 9,6% na comparação anual.
*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro
Fonte: correiobraziliense
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