23 de Novembro de 2024

Mosquito africano da malária mostra preferência olfativa em humanos


crédito: LUIS ROBAYO/AFP

Em uma chance de poder entender o porquê os mosquitos têm preferência na hora de escolher uma pessoa para “refeição”, cientistas do Johns Hopkins Malaria Research Institute fizeram um estudo que foi publicado na revista Current Biology, sobre o mosquito africano e transmissor da malária (anopheles gambiae) — que se alimentam de sangue, principalmente de humanos —, e são atraídos pelo cheiro humano. Para a pesquisa, foi preciso construir uma grande arena ao ar livre na Zâmbia, no sul da África, direcionando os cheiros de meia dúzia de humanos adormecidos em tendas próximas.

Contudo, os mosquitos estavam sendo atraídos por substâncias químicas, sintonizados com as secreções oleosas que hidratam a pele e que também protegem os micróbios. Eles (os mosquitos) usam pistas visuais e calor corporal à procura de um alvo, mas caso estejam distantes, é possível o rastreio por dióxido de carbono e outras substâncias que podem ser encontradas no odor corporal e respiração da pessoa, o que foi descoberto por meio de uma câmera infravermelha, que torna mais atrativo para os mosquitos que sentem a presença humana.

Pelo processo, os pesquisadores analisaram que os mosquitos preferem pousar em indivíduos que estejam aquecidos com alta temperatura da pele humana durante o sono e atraídos pela abundância relativa de ácidos carboxílicos.

Muitos componentes constituem o odor corporal, além do calor, a respiração também emite umidade que fornece algum tipo de fonte visível, tornando também pistas sensoriais para conduzir os mosquitos até o corpo. Sendo assim, os resultados indicaram que o cheiro humano atua de forma crítica para guiá-los.

Com esse tipo de frequência de picadas, pode levar à variação no risco de infecção, intensificando o número reprodutivo básico da malária, resultando em consequências importantes na epidemiologia e controle da doença. Alguns fatores podem estar associados pela diferença de atratividade humana e influenciando a composição química do odor corporal humano, como gravidez, dieta, consumo de álcool, até genética humana, entre outros. 

*Estagiária sob supervisão de Roberto Fonseca

Fonte: correiobraziliense

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