21 de Novembro de 2024

Cientistas descobrem dinossauro que pode ter sido o último da espécie


crédito: Jorge Gonzalez

Um dinossauro herbívoro recém-descoberto em Utah, nos Estado Unidos, pode ter sido o último da espécie durante o período em que o clima mais quente da Terra forçou mudanças massivas nas populações globais de dinossauros. A descoberta foi publicada na última quarta-feira (7/6), em um artigo na revista científica Plos One.

Nomeado de Iani Smith, em homenagem a Janus, o deus romano da mudança, a espécime era um ornitópode primitivo, um grupo de dinossauros que deu origem aos dinossauros bico de pato mais conhecidos como Parasaurolophus e Edmontosaurus. Os pesquisadores recuperaram a maioria do esqueleto do dinossauro jovem, incluindo crânio, vértebras e membros, localizado na Formação Cedar Mountain, em Utah.

Iani Smithi viveu no que hoje é Utah durante o período do meio do Cretáceo, aproximadamente 99 milhões de anos atrás. A característica mais marcante do dinossauro é a mandíbula poderosa, com dentes projetados para mastigar material vegetal resistente.

A espécie é de grande importância não só pela nova descoberta em si, mas também pela raridade no registro fóssil norte-americano e sua posição na história dos dinossauros.

“Encontrar Iani foi um golpe de sorte. Sabíamos que algo parecido vivia neste ecossistema porque dentes isolados foram coletados aqui e ali, mas não esperávamos tropeçar em um esqueleto tão bonito, especialmente nesta época da história da Terra. Ter um crânio quase completo foi inestimável para juntar as peças da história”, afirma Lindsay Zanno, professora de pesquisa associada da Universidade Estadual da Carolina do Norte, chefe de paleontologia do Museu de Ciências Naturais da Carolina do Norte e autora do trabalho.

Zanno e a equipe usaram o esqueleto para analisar as relações evolutivas de Iani e ficaram surpresos com os resultados.

“Recuperamos Iani como um rabdodontomorfo primitivo, uma linhagem de ornitópodes conhecida quase exclusivamente na Europa”, conta Zanno. “Recentemente, os paleontólogos propuseram que outro dinossauro norte-americano, o Tenontosaurus – que era tão comum quanto o gado no Cretáceo Inferior – pertence a esse grupo, assim como algumas criaturas australianas. Se Iani se mantiver como um rabdodontomorfo, isso levanta muitas questões interessantes", completa.

A cientista acredita que, ao estudar esse fóssil no contexto das mudanças ambientais e da biodiversidade durante o Cretáceo médio, poderá conseguir informações sobre a história do planeta Terra.

“Este dinossauro estava à beira do precipício, capaz de olhar para trás e ver como eram os ecossistemas norte-americanos no passado, mas perto o suficiente para ver o futuro chegando como um trem-bala. Acho que todos podemos nos relacionar com isso", afirma.

Fonte: correiobraziliense

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