Os bancos renegociaram 2,057 milhões em contratos no mais recente Mutirão de Negociação e Orientação Financeira, que ocorreu entre os dias 1º e 31 de março. Segundo o balanço, divulgado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) nesta quarta-feira (14/6), com isso, subiu para 26,3 milhões o número total de contratos repactuados pelo sistema bancário desde o início da pandemia, em março de 2020.
O volume de março superou em 21% o resultado de março de 2022, quando 1,7 milhão de contratos foram renegociados pelos bancos. No mutirão realizado entre 1º e 30 de novembro de 2022 foram negociados 2,325 milhões de contratos.
Segundo dados da Senacon, por meio da plataforma Pro Consumidor, que reúne dados dos 615 Procons do país, durante o mutirão em março foram registradas 11.700 solicitações de consumidores por renegociação e parcelamento de dívidas, das quais 5.988 (51,2%) foram dirigidas a bancos, financeiras e administradoras de cartão.
“Mais uma vez a ação teve efeito positivo e concreto para o consumidor. A renegociação de dívidas previne o superendividamento e reduz o custo da inadimplência. Ganham todos. Além disso, fomentam a economia e contribuem para uma expansão das operações de crédito”, disse o presidente da Febraban, Isaac Sidney.
O Mutirão Nacional de Negociação de Dívidas e Orientação Financeira é uma iniciativa conjunta da Febraban, Banco Central do Brasil, Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e Procons e tem por objetivo contribuir para reduzir o endividamento do consumidor bancário. Podem ser negociadas dívidas em atraso no cartão de crédito, cheque especial e outras modalidades de crédito que não tenham bens dados em garantia, como veículos, motocicletas e imóveis.
Os bancos costumam ofertar, além de orientação financeira, condições especiais para a regularização de contratos em atraso durante os mutirões, como parcelamento, descontos no valor da dívida ou taxas de juros reduzidas para refinanciamento. De acordo com a Febraban, a mobilização costuma contribuir para o aumento da procura por negociações.
Fonte: correiobraziliense
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