Os melhores tratamentos conhecidos para lidar com o tinnitus, ou o zumbido no ouvido, são as terapias de fotobiomodulação a laser. Esta é a conclusão a que chegaram os cientistas do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF), depois de compararem várias terapias predominantes e suas combinações. Essas descobertas foram divulgadas recentemente no Journal of Personalized Medicine.
Estima-se que 750 milhões de pessoas em todo o mundo são afetadas pelo tinnitus, de acordo com um estudo europeu que analisou dados de pacientes ao longo de cinco décadas.
Embora o tinnitus não seja uma doença, mas um sintoma, ele pode ser perturbador e, em alguns casos, incapacitante.
Como o tinnitus pode estar relacionado a uma variedade de questões, desde insuficiência de irrigação periférica e lesões locais até bruxismo e excesso de cera, não há tratamentos padronizados ou medicamentos aprovados pelo Food and Drug Administration (FDA) dos EUA.
O pesquisador do CEPOF Vitor Hugo Panhóca e sua equipe desenvolveram um estudo comparativo para encontrar soluções para o problema. Eles testaram várias terapias alternativas e complementares em 10 grupos de pacientes que sofrem de tinnitus idiopático e refratário durante quatro semanas.
Os tratamentos incluíam terapias de laserpuntura, dicloridrato de flunarizina, ginkgo biloba e estimulação transmeatal a laser de baixa intensidade (LLLT). Os pacientes foram avaliados quanto ao zumbido e qualidade de vida antes e depois do tratamento.
As terapias que tiveram os melhores resultados foram a laserpuntura e a estimulação transmeatal com laser de baixa intensidade (LLLT). A LLLT também mostrou melhorias substanciais quando o tempo de irradiação foi aumentado de seis para 15 minutos.
Panhóca acredita que compreender como estas terapias de sucesso funcionam ajudará a direcionar melhor os estudos futuros. Ele também enfatiza a necessidade de investigar os efeitos de longo prazo da LLLT. O estudo foi realizado em colaboração com pesquisadores de várias instituições, incluindo a Santa Casa de Misericórdia de São Carlos e o Tyndall National Institute da University College Cork, na Irlanda.
Fonte: correiobraziliense
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