Embora reconheça avanços na proposta de Reforma Tributária, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sérgio Nobre, criticou o modelo de impostos no Brasil. Segundo ele, em vez de tributar o consumo e a produção, o estado deve taxar patrimônios e renda.
"Eu valorizo a intenção de uniformizar e simplificar, o problema do modelo tributário ser baseado na taxação do consumo e da produção é que o milionário quando vai comprar um quilo de feijão pagará o mesmo imposto que uma pessoa que ganha um salário mínimo, por exemplo. Isso é injusto e é preciso mudar esse modelo para cobrar impostos sobre a renda e patrimônio", defendeu.
A demanda apresentada por Sérgio Nobre é prevista pelo Ministério da Fazenda para ser colocada em prática em um segundo momento. A proposta inicial da Reforma Tributária, que deve ser votada na Câmara na primeira semana de julho, buscará a uniformização dos tributos, mas manterá a taxação sobre o consumo e produção.
Sérgio Nobre participou, nesta terça-feira (20/6), do seminário sobre Reforma Tributária realizado pelo Correio e pelo Conselho Nacional do Sesi (CN-Sesi). No painel A tributação e a nova economia: desafios e oportunidades no mercado de trabalho, o presidente da CUT também defendeu a redução da taxa básica de juros e a reindustrialização.
"Hoje, a classe trabalhadora faz manifestação em todo o país pela redução da taxa de juros. Não tem justificativa para ter 13,75% de taxa de juros no país. É uma doença esse negócio", protestou o sindicalista.
Fonte: correiobraziliense
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