Um estudo recentemente divulgado na renomada revista JAMA Network Open, da Associação Médica Americana, traz importantes descobertas no campo da saúde mental. Ele indica que abandonar o hábito de fumar pode resultar em melhorias significativas para a saúde mental, dando destaque para casos de ansiedade e depressão.
A pesquisa foi embasada em dados coletados de um estudo clínico duplo-cego, randomizado e controlado por placebo, que envolveu o uso do medicamento vareniclina - comumente prescrito para tratar o tabagismo. Este foi comparado à terapia de reposição de nicotina, bupropiona (um antidepressivo) ou placebo, na tentativa de cessar o tabagismo em indivíduos selecionados, com ou sem distúrbios psiquiátricos.
O estudo se desenrolou em 140 centros espalhados por 16 países, entre os anos de 2011 e 2015, contando com a participação de 4.260 pessoas. Os pesquisadores fizeram uma comparação entre as mudanças nos resultados de saúde mental, do início ao fim do estudo, entre aqueles que pararam de fumar e aqueles que mantiveram o vício.
Os participantes que conseguiram se abster do tabaco por 15 semanas foram considerados abstinentes. Foi justamente entre os integrantes desse grupo, que tiveram diagnóstico prévio de ansiedade e depressão, que os pesquisadores notaram uma melhoria nos relatos.
Os cientistas afirmaram que a relação entre interromper o tabagismo e a melhoria da saúde mental foi maior entre aqueles com histórico de doença mental. De acordo com os autores, os achados têm implicações relevantes para a saúde pública, dada a alta prevalência de fumantes entre indivíduos com transtornos de saúde mental.
Neste ano, a campanha do Dia Mundial sem Tabaco, promovida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), vem com o tema: 'Precisamos de alimentos, não de tabaco'. A campanha visa conscientizar sobre a produção de culturas alternativas e oportunidades de marketing para produtores de tabaco, incentivando-os a cultivar alimentos sustentáveis e nutritivos.
A OMS salienta que o cultivo de tabaco contribui para o aumento da insegurança alimentar, ao utilizar terras e recursos que poderiam ser empregados para produzir alimentos, além de causar degradação do solo e impactos negativos nos ecossistemas. A organização ressalta ainda que as alegações da indústria do tabaco de que apoiam a subsistência dos produtores são geralmente falsas, e que há uma necessidade urgente de medidas legais para reduzir o cultivo de tabaco e ajudar os agricultores a migrarem para a produção de alimentos alternativos.
Fonte: correiobraziliense
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