Infartos aumentam no inverno? Especialista explica a causa das ocorrências

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o Distrito Federal deve ter uma semana gelada com sensação térmica abaixo de 10ºC. No inverno, além dos cuidados com as doenças respiratórios, é necessário se atentar também com o coração.

Segundo o Instituto Nacional de Cardiologia, as ocorrências de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) podem aumentar em até 30%, especialmente em temperaturas abaixo de 14°C.

O cardiologista intervencionista do Instituto do Coração de Taguatinga (ICTCor), Ernesto Oster, explica que isso ocorre por conta da tentativa de adaptação do corpo às baixas temperaturas.

“O organismo faz de tudo para manter o calor interno do corpo na média de 36,1ºC. Com as baixas temperaturas as artérias se contraem para auxiliar o corpo a reter calor, como elas estão mais estreitas, há um aumento a pressão sanguínea sobre as paredes dos vasos. Esse processo além de poder sobrecarregar o coração, pode facilitar o desprendimento de placas de gorduras localizadas nas artérias, que pode bloquear o fluxo de sangue para o coração e cérebro”, explica.

O especialista alerta que pessoas que já tem doenças coronarianas, aterosclerose e os idosos, são os mais vulneráveis.

"A aterosclerose é uma condição que afeta as veias e artérias do sistema circulatório, causando um enrijecimento dessas vias circulatórias devido à formação de placas de gordura e ao acúmulo delas nas paredes das artérias", pontua.

Oster detalha que não existe uma prevenção específica apenas para as épocas mais frias. "As pessoas que possuem fatores de risco podem apresentar placas ateroscleroticas e precisam realizar uma avaliação com o cardiologista pelo menos uma vez ao ano".

O médico, afirma, no entanto, que no inverno é importante manter o corpo aquecido, manter a atividade física, uma alimentação que não seja rica em gordura e se tiver qualquer sintoma, procurar atendimento médico.

Fonte: correiobraziliense

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