O número de empregados no setor público registrou uma alta de 2,8% na comparação trimestral, totalizando 12,1 milhões de pessoas. Segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (30/6), a alta foi puxada pelos trabalhadores sem carteira no setor, que cresceram 14,1% no trimestre e 17,3% no ano.
A coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílio do IBGE, Adriana Beringuy, afirmou que o aumento do contingente não se refletiu em aumento de rendimento. “Provavelmente, isso se deu em função de maior participação de trabalhadores sem carteira no setor e tendência de queda do rendimento mesmo entre os empregados com carteira assinada”, observou.
O número de empregados sem carteira assinada no setor privado manteve-se estável tanto na comparação trimestral quanto na anual, ficando em 12,9 milhões de pessoas. Já o contingente de trabalhadores com carteira foi de 36,8 milhões, ficando estável no trimestre, mas com aumento de 3,5% (mais 1,83 milhão de pessoas) no ano.
O contingente de trabalhadores por conta própria (25,2 milhões) também ficou estável e a taxa de informalidade foi de 38,9% da população ocupada, totalizando 38,3 milhões de trabalhadores informais. No trimestre anterior também havia sido de 38,9% e, no mesmo trimestre de 2022, 40,1%.
A taxa composta de subutilização (18,2%) totalizou 20,7 milhões de pessoas subutilizadas. Também foi registrada uma queda de 6,2% no trimestre da população desalentada, que desistiu de procurar trabalho, que ficou em 3,7 milhões de pessoas.
A população fora da força de trabalho ficou em 67,1 milhões de pessoas, um aumento de 0,6% na comparação trimestral, o que representa 382 mil pessoas a mais. Na comparação anual, o crescimento foi de 3,6%, um aumento de 2,3 milhões de pessoas. Segundo Beringuy, “a crescente parcela da população em idade de trabalhar indo para fora da força de trabalho não sinaliza expansão do contingente de desalentados, uma vez que esse grupo vem registrando queda desde 2021”.
Fonte: correiobraziliense
Utilizamos cookies próprios e de terceiros para o correto funcionamento e visualização do site pelo utilizador, bem como para a recolha de estatísticas sobre a sua utilização.