Dados provisórios da Organização Meteorológica Mundial (OMM) apontam que a primeira semana de julho foi a mais quente registrada na história. Segundo a análise, a temperatura média global em 7 de julho foi de 17,24ºC, batendo o recorde precedente de 16,80ºC, em agosto de 2016.
Os dados são da reanálise japonesa, chamada JRA-3Q, a qual a OMM teve acesso e ainda não foram confirmados permanentemente. Mas, de acordo com a organização, os números são consistentes com o levantamento do observatório europeu do clima Copernicus.
“O calor excepcional em junho e começo de julho ocorreu no início do desenvolvimento do El Niño, que deve alimentar ainda mais o calor tanto na terra quanto nos oceanos e elevar a temperaturas mais extremas e ondas de calor marinhas”, afirma o professor Christopher Hewitt, diretor de Serviços Climáticos da OMM.
O mês passado também foi o junho mais quente já registrado na história, segundo o serviço de mudanças climáticas Copernicus, ligado a União Europeia. A temperatura média global ficou cerca de 0,5 °C acima da média registrada entre 1991 e 2020. O recorde anterior era de 2019.
“Estamos em território desconhecido e podemos esperar que mais recordes caiam à medida que o El Niño se desenvolve e esses impactos se estenderão até 2024”, prevê Hewitt. “Esta é uma notícia preocupante para o planeta”, acrescenta o professor.
*Estagiária sob supervisão de Lorena Pacheco
Fonte: correiobraziliense
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