Tomaram posse na manhã desta quarta-feira (12), em um ato burocrático e sem cerimônia, os novos diretores do Banco Central, Gabriel Galípolo, que assume a diretoria de política monetária e Ailton Aquino, à frente da Fiscalização. Aprovados em sabatina na semana passada, os novos diretores participarão da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), órgão da autarquia responsável pela calibragem da taxa básica de juros, a Selic, nos dias 1º e 2 de agosto.
Embora o mercado financeiro já aposte na redução da Selic nesta reunião, a chegada dos dois indicados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, reforça essa expectativa. A decisão sobre os juros tem tomado conotação política desde que integrantes do governo, incluindo o presidente Lula, iniciaram uma campanha pela redução da Selic, que desde agosto de 2022 está em 13,75% ao ano.
No entender dos governistas, a decisão de não reduzir a taxa básica tem sido deliberada pelo presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e seu apoiador durante a campanha eleitoral.
Por isso, a chegada dos novos diretores é interpretada como uma força política do governo dentro do BC. Galípolo é ex-secretário Executivo do ministro da Fazenda Fernando Haddad e foi um dos formuladores da política econômica do governo durante a transição. Aquino, funcionário de carreira da instituição e primeiro diretor negro da instituição, já se manifestou publicamente a favor da redução dos juros, como ocorreu durante a sabatina no Senado.
Assim que as fotos da assinatura do termo de posse dos dois foram publicadas nas redes sociais do Banco Central, houve várias manifestações políticas.
“Começamos a humanizar o recinto”, disse um seguidor. Outro retrucou, afirmando que Galipolo é “um petista que quer abaixar a taxa na marra, politicagem.
Fonte: correiobraziliense
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