Você sabia que a cor rosa não existe na física? Apesar de existir em outros campos do conhecimento, como na neurociência, o rosa não pode ser "explicado" na ciência que investiga os fenômenos da natureza.
Em um fio no Twitter, que viralizou nos últimos dias após a estreia do filme Barbie nos cinemas, a física Roberta Duarte e doutoranda em astrofísica, explicou que não existe um comprimento de onda que é associado a cor rosa e explicou o motivo.
Primeiro é preciso entender como as cores são vistas na física. Segundo a especialista, para esta área do conhecimento, as cores são comprimentos de onda que a luz tem, sendo a faixa desses comprimentos denominada espectro eletromagnético, que abrange raios gama até ondas de rádio.
Roberta explicou que os seres humanos conseguem observar intervalos desse espectro, o chamado espectro visível, que vai desde 400 nanômetros (nm) a 700 nm. Esse espectro é associado a uma paleta de cores, que ela destacou com fotos:
O Sol, por exemplo, tem pico de emissão no verde, o que faz com que a maior parte dos fótons que a estrela emite esteja nesse intervalo. "Isso afeta como nós humanos evoluímos e como outros animais (como animais noturnos) evoluíram para enxergar", pontuou a especialista.
Assim, os olhos se tornam ferramentas que recebem fótons desses comprimentos e levam a informação para o nosso cérebro e as cores são como o cérebro interpreta esses fótons.
Contudo, no espectro visível não existe a cor rosa, ou seja, não há um comprimento de onda que é associado a cor rosa.
Roberta ainda fez ressalvas de que, caso as duas pontas do espectro se unissem em um círculo, o rosa apareceria, uma vez que haveria a junção do violeta e azul com o vermelho. Porém, o espectro visível é linear.
Dessa maneira, a cor rosa é "criada" pelo cérebro a partir do recebimento de dois comprimentos de onda. "Uma ilusão", como classificou Roberta, mostrando que não existe nenhum processo físico que gera a coloração.
"Mas é claro que você pode argumentar que: o cérebro cria todas as cores! Sim, e é verdade. Todas as cores são interpretações do nosso cérebro. O ponto aqui é: não existe um comprimento de onda sozinho associado ao rosa", justificou a física.
Fonte: correiobraziliense
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