A Rússia afirmou, neste domingo (30/7), que frustrou dois ataques realizados na madrugada por drones ucranianos contra um distrito comercial de Moscou e contra a península da Crimeia, sem deixar vítimas.
A "defesa antiaérea destruiu dezesseis drones ucranianos" na Crimeia, anexada pela Rússia em 2014, disse o Ministério da Defesa russo em comunicado.
"Nove outros drones ucranianos foram neutralizados por ferramentas de guerra eletrônica e caíram no mar Negro", acrescentou, observando que o ataque não causou vítimas.
Um pouco antes, o prefeito de Moscou, Sergei Sobyanin, alertou que "drones ucranianos" atacaram a cidade durante a noite.
"As fachadas de duas torres comerciais da cidade foram levemente danificadas. Não há vítimas ou feridos", escreveu no Telegram.
O ataque ocorreu no distrito comercial conhecido como "Moscow City", no oeste da capital russa.
A polícia isolou a área e um fotógrafo da AFP viu várias janelas quebradas e documentos espalhados pelo chão.
O Ministério da Defesa também se parabenizou por ter frustrado o ataque. Um dos drones foi derrubado nos arredores da cidade e os outros dois foram "neutralizados por guerra eletrônica", detalhou.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, alertou, sem mencionar diretamente o ataque, que a "guerra" estava chegando "ao território da Rússia, a seus centros simbólicos e bases militares".
"É um processo inevitável, natural e absolutamente justo", acrescentou, à margem de uma visita a Ivano-Frankivsk, no oeste do país.
Durante seu discurso, ele alertou que o país deve se preparar para novos ataques contra a infraestrutura de energia no próximo inverno, como os que atingiram o país no inverno de 2023.
Moscou, localizada a cerca de 500 quilômetros da fronteira ucraniana, não estava acostumada a sofrer ataques no início da ofensiva russa na Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro de 2022.
Mas vários ataques de drones atingiram a capital este ano, assim como em outras áreas de fronteira.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse que esses ataques "não seriam possíveis sem a assistência prestada ao regime de Kiev pelos Estados Unidos e seus aliados da Otan".
Esses ataques ocorreram depois que o Exército de Kiev lançou uma contraofensiva no início de junho para recuperar os territórios controlados pela Rússia no leste e no sul do país.
Na sexta-feira, o Kremlin afirmou ter interceptado dois mísseis ucranianos sobre a região de Rostov, no sul e na fronteira com a Ucrânia, com um saldo de pelo menos 16 pessoas feridas pelos destroços que caíram na cidade de Taganrog.
O ministério disse que o primeiro míssil S-200 visava a "infraestrutura residencial" desta cidade de cerca de 250.000 pessoas. Pouco depois, ele disse ter derrubado um segundo míssil S-200 perto da cidade de Azov, cujos restos caíram em uma área desabitada.
Do outro lado da fronteira, duas pessoas morreram e 20 ficaram feridas em um bombardeio contra um estabelecimento de ensino superior no sábado, em Sumy, no norte do país.
De acordo com o veículo público Suspilne, um dos edifícios do complexo foi destruído por uma explosão ocorrida às 20h00 locais (14h00 no horário de Brasília).
Algumas horas antes, um homem e uma mulher morreram em um ataque em Zaporizhzhia, no sul da Ucrânia, segundo autoridades locais.
Fonte: correiobraziliense
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