O saldo da aplicação na caderneta de poupança voltou a cair com o registro de mais saques do que depósitos no mês passado. De acordo com o balanço divulgado pelo Banco Central (BC), nesta segunda-feira (7/8), em julho houve saída líquida de R$ 3,58 bilhões. Esse foi o segundo maior resgate da série histórica, iniciada em 1995, perdendo apenas para julho de 2022, quando foram retirados R$ 12,66 bilhões.
A saída de recursos do investimento de renda fixa mais conhecido pelos brasileiros aconteceu após o ingresso de R$ 2,6 bilhões em junho deste ano. No mês passado, foram aplicados R$ 326,61 bilhões, contra saques de R$ 330,19 bilhões.
Mesmo com a retirada de valores em julho, o estoque dos depósitos, ou seja, o volume total aplicado, registrou aumento para R$ 972,9 bilhões. Em junho, a soma havia sido de R$ 970,3 bilhões. Isso porque, além dos depósitos e saques, também entram no cálculo do estoque da poupança os rendimentos creditados nas contas dos investidores – que somaram R$ 6,2 bilhões no mês passado.
No acumulado dos sete primeiros meses deste ano, as retiradas de recursos da poupança superaram os depósitos em R$ 70,21 bilhões, o maior valor já registrado para uma saída de recursos nesse período.
A rentabilidade da poupança, por sua vez, caiu de R$ 6,28 bilhões em junho para R$ 6,17 bilhões em julho. A poupança rendeu 0,7% no mês, bem acima da prévia da inflação do período, indicando deflação de 0,07%. Apesar do corte da taxa básica de juros (Selic) anunciado pelo Banco Central na semana passada, que passou de 13,75% para 13,25% ao ano, o movimento de saques ainda ocorre em meio a um cenário de juros elevados,
Ainda estão em patamares historicamente elevados, os juros altos geram reflexos nas taxas cobradas pelos bancos e reduzem a competitividade da poupança frente a outros investimentos.
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