22 de Novembro de 2024

'Símbolo' do trabalho remoto na pandemia, Zoom pede a funcionários que voltem aos escritórios


A Zoom, empresa de videocomunicações cujo nome se tornou sinônimo de trabalho remoto durante a pandemia, ordenou que seus funcionários voltassem ao escritório.

A empresa disse acreditar que uma "abordagem híbrida estruturada" é mais eficaz e que as pessoas que moram a 80 quilômetros de um escritório devem trabalhar presencialmente pelo menos duas vezes por semana.

Esse é o mais recente esforço de uma grande empresa para reverter parte das políticas de trabalho flexível.

Amazon e Disney estão entre as companhias que reduziram os dias de trabalho remoto.

Pesquisas sugerem que os trabalhadores ainda estão mantendo a capacidade de trabalhar em casa até certo ponto.

Cerca de 12% dos trabalhadores nos Estados Unidos, onde fica a sede da Zoom, estavam trabalhando totalmente remotos em julho, enquanto outros 29% tinham políticas híbridas, de acordo com uma pesquisa da Universidade de Stanford.

Isso é semelhante aos padrões registrados pelo Escritório de Estatísticas Nacionais do Reino Unido no início deste ano.

Pesquisas anteriores da equipe de Stanford descobriram que o trabalho remoto é mais comum em países de língua inglesa e muito menos comum na Ásia e na Europa.

Antes da pandemia, a parcela de dias trabalhados em casa nos Estados Unidos era de apenas 5%. Globalmente, os trabalhadores desejam arranjos de trabalho mais flexíveis do que os empregadores consideram ideal.

A certa altura, o Zoom disse que a equipe poderia trabalhar remotamente por tempo indeterminado.

A empresa de tecnologia disse que continuará a "contratar os melhores talentos, independentemente da localização". No final de janeiro, a empresa empregava cerca de 8.400 pessoas, mais da metade delas nos Estados Unidos.

Atualmente, cerca de 200 pessoas trabalham para a Zoom no Reino Unido, onde acaba de abrir um novo escritório em Londres.

Zoom disse que a nova política colocaria a empresa em "uma posição melhor para usar nossas próprias tecnologias, continuar inovando e oferecer suporte a nossos clientes globais".

"Continuaremos a aproveitar toda a plataforma Zoom para manter nossos funcionários e equipes dispersas conectados e trabalhando com eficiência", disse a empresa.

Apenas cerca de 1% dos trabalhadores da empresa tinham "presença regular no escritório" em setembro de 2022, enquanto 75% davam expediente remotamente e o restante tinha arranjos híbridos, informou o Wall Street Journal na época.

Mas o Zoom está sob pressão crescente à medida que a expansão do trabalho remoto leva rivais, como a Microsoft, a atualizar suas ofertas de vídeo.

O crescimento desacelerou acentuadamente desde a pandemia. No início deste ano, a Zoom anunciou que cortaria 15% de sua equipe e que os principais executivos aceitariam grandes cortes salariais.

Suas ações valem cerca de US$ 68 (R$ 332) cada hoje, abaixo dos mais de US$ 500 no pico de outubro de 2020.

Fonte: correiobraziliense

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