Pela primeira vez, o Telescópio Espacial James Webb (JMST) tirou uma foto direta de um exoplaneta — planetas que estão fora do sistema solar na órbita de outras estrelas — em alto contraste. Planetas tão pequenos e tão próximos de suas estrelas nunca foram fotografados diretamente antes. Veja o estudo completo.
O JMST é o telescópio espacial mais tecnológico e comemora quase 20 meses no espaço. O exoplaneta fotografado é chamado de HIP 65426b.
A geração de imagens diretas de um exoplaneta não é uma tarefa fácil: mesmo os planetas que circundam suas estrelas hospedeiras em órbitas amplas, de mais de 100 au (unidade astrônomica), aparecem bem próximos a elas a partir de nossa visão distante dentro do sistema solar. Os planetas também são muito menores e mais frios. Juntando essas duas questões, os cientistas comparam que encontrar exoplanetas por meio de imagens diretas é como tentar ver um vaga-lume próximo a um holofote a quilômetros de distância.
Felizmente, o JWST tem um truque para lidar com essas estrelas, alguns de seus instrumentos, incluindo a Câmera de Infravermelho Próximo e o Instrumento de Infravermelho Médio têm pequenas máscaras coronagráficas que podem bloquear a maior parte da luz de uma estrela sem proteger a área ao redor dela. Da mesma forma que alguém pode bloquear o Sol com a mão ao tentar avistar um avião sobrevoando, ao suprimir o brilho da estrela-mãe, o JWST pode ver planetas próximos mais fracos com mais clareza.
Mesmo assim, essas máscaras não conseguem bloquear perfeitamente toda a luz de uma estrela, de modo que o processamento da imagem deve ser realizado no solo para extrair de forma limpa quaisquer planetas pequenos e menos brilhantes.
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