22 de Novembro de 2024

Demência frontotemporal: veja práticas que protegem o cérebro


A demência frontotemporal é uma doença neurológica que ganhou atenção após a revelação de que o ator Bruce Willis e o jornalista brasileiro Maurício Kubrusly tinham sido diagnosticados com ela. O quadro clínico, de acordo com especialistas, não tem cura e o principal fato de risco é ter na família o gene da doença. Mesmo assim, boas práticas podem preservar o cérebro de outros tipos de demência. 

A doença não tem cura e precisa de um diagnóstico clínico para ser identificada. Entre os principais sintomas estão "mudanças de personalidade atípicas, apatia e lutas inexplicáveis com a tomada de decisões, fala ou compreensão da linguagem", segundo a Associação de Degeneração Frontotemporal.

De acordo com Carlos Uribe, neurologista do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), a doença é uma demência de causa degenerativa que atrofia uma parte do cérebro que é chamado lobo frontal e pode acometer o lobo temporal também através dessas duas estruturas.

A causa da demência está diretamente associada a genética e mutações de genes e que tem um componente hereditário relevante, mas até do que a doença de Alzheimer, por exemplo, segundo o doutor Carlos. Chamada de pré-senil, a doença acomete principalmente pessoas mais jovens, abaixo dos sessenta e cinco anos. 

"Nesses casos, a gente descarta outras causas possíveis dentro dessa demência porque geralmente já existe uma atrofia dessas regiões do cérebro e conseguimos por exclusão de outras causas e evidência dessa degeneração e fechar o diagnóstico provável de demência frontotemporal", aponta o neurologista.

O diagnóstico pode ser feito após queixas da pessoa ou de familiares, que percebem uma mudança bruta no comportamento de quem está com a doença. "Como se a personalidade dessa pessoa mudasse e ela começa a fazer coisas inapropriadas às vezes, sendo muito desinibido ou sendo retraído demais", elucida o especialista. Após a realização de alguns exames para descartar outras condições que podem simular esse tipo de de doença.

O médico André Ferreira, chefe da neurologia do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), frisa que não existe maneira de evitar a doença mas que é possível diminuir em 40% o risco para desenvolvimento das demências se seguir alguns hábitos:

Contudo, Carlos Uribe aconselha que, para pessoas que tenham casos de doenças na família, a recomendação geral é que não se submetam a exames para saber se tem o gene, porque só o composto orgânico não quer dizer que ele será manifestado.

"É uma coisa que é muito variável. A pessoa pode ter realmente gene mas não manifestar a doença e como não tem nenhuma cura, até o momento, vai acabar gerando só sua ansiedade, uma preocupação excessiva com uma coisa que pode vir a acontecer ou não", acentua.

Fonte: correiobraziliense

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