A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) lançou um terceiro edital que contempla projetos de inovação no ambiente do agronegócio. A iniciativa faz parte do Programa Agro 4.0, que tem o apoio do Ministério da Agricultura e Pecuária. Neste ano, o edital tem como tema "Gestão Estratégica de Dados de Produção Agropecuária".
Na primeira etapa, serão selecionados projetos pilotos para a implantação de uma plataforma de dados de produção agropecuária, que deverá permitir a coleta e o armazenamento de informações de produtores rurais filiados, além da preparação destes dados e integração com outras bases, com o objetivo de gerar conhecimentos e recomendações de agregação de valor.
Para submeter as propostas, é preciso haver a participação de, pelo menos, três entidades, ao longo do processo: produtor rural, cooperativa ou associação agroindústria e fornecedor de tecnologia. Serão premiadas três categorias com até R$ 375 mil: agricultura, pecuária e agroindústria.
Muitos desafios
Segundo a coordenadora do programa, Isabela Gaya, analista de Produtividade e Inovação da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), ainda existem muitos desafios para a adoção de tecnologias no campo, embora haja um avanço significativo nos últimos anos. Por isso, ela sustenta que a implementação de uma plataforma de dados pode ser estratégica para que a produção no Brasil seja mais eficiente.
"O que a gente quer com esse edital é trabalhar uma plataforma de gestão estratégica, para, a partir desses dados, ela (a cooperativa) possa utilizar uma análise desses dados, para que possa tirar sites, recomendações e inteligência para melhorar a sua integração com a cadeia produtiva, previsibilidade de logística, de demanda, entre outras questões”, destacou a Isabela Gaya, em entrevista ao jornalista Roberto Fonseca, no Programa CB.Agro, uma parceria do Correio com a TV Brasília, nesta sexta-feira (25/8).
Produtores do Brasil inteiro podem participar do edital, e não há especificação entre pequeno, médio ou grande produtor. O tempo de implementação dos projetos vencedores deve durar 12 meses. Após esse tempo, haverá mais um ano de monitoramento dos resultados para avaliar soluções e possíveis ajustes.
"Então o objetivo da gente, na segunda etapa, a gente poder, realmente, escalonar, na medida em que a gente viu que deu certo a tecnologia com um número de produtores, e escalonar em uma segunda etapa, depois mais um ano para a gente fazer isso”, disse, ainda, Isabela. As inscrições devem ser feitas até 18 de setembro, pelo site do edital neste link.
*Estagiário sob a supervisão de Carlos Alexandre de Souza
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