20 de Setembro de 2024

Quem é Leonid Radvinsky, misterioso dono do império pornô OnlyFans


Os lucros da plataforma OnlyFans dispararam no ano passado e a notícia de que seu proprietário ganhou mais de US$ 300 milhões (R$ 1,5 bilhão) em dividendos renovou a curiosidade sobre o magnata da pornografia.

Leonid Radvinsky é um empresário ucraniano-americano de 41 anos com um patrimônio líquido estimado em US$ 2,1 bilhões.

Ele comprou a empresa em 2018 da equipe de pai e filho britânicos, Guy e Tim Stokely, que a havia iniciado dois anos antes com um investimento de 10 mil libras (R$ 62 mil).

No OnlyFans, usuários se exibem de formas que vão de simples fotos sensuais a cenas de sexo explícito. Ganham ao vender materiais exclusivos ou conquistando assinantes — os pagamentos são em dólar. Os criadores ficam com 80% dos valores, e o OnlyFans, 20%.

Acredita-se que Radvinsky tenha pago milhões de libras pelo negócio. Mas quem é ele e de onde vem sua fortuna?

Para dizer a verdade, muito pouco. Apesar da premissa da plataforma da qual é proprietário, Radvinsky opta por manter discrição sober sua vida pessoal. Ele não deu muitas entrevistas até hoje

No entanto, apesar de uma aparente aversão à publicidade, há pistas sobre sua vida em um perfil do LinkedIn e em um site pessoal.

De acordo com seu LinkedIn, Radvinsky é um investidor de capital de risco, filantropo e empresário de tecnologia que tem "um interesse especial em plataformas emergentes de mídia social".

Em seu próprio site, Radvinsky diz que passou as últimas duas décadas "construindo empresas de software e contribuindo para o movimento de código aberto".

Nascido na cidade portuária ucraniana de Odessa, Radvinsky doou para esforços de socorro na Ucrânia usando criptomoeda, e o valor em termos reais da doação em 2022 chegou a mais de US$ 1,3 milhão, de acordo com o site de notícias especializado em criptomoedas CoinDesk.

Radvinsky diz que doa "uma enorme quantidade de tempo, esforço e dinheiro para causas sem fins lucrativos", como instituições de caridade e empreendimentos tecnológicos.

Fora da programação e da filantropia, ele "é um leitor ávido que está sempre pronto para uma partida de xadrez e é um aspirante a piloto de helicóptero", diz seu site.

Sua família se mudou para os Estados Unidos quando ele era criança e se estabeleceu em Chicago, informou o jornal britânico Daily Telegraph.

Ele agora mora na Flórida, mas não se sabe exatamente onde.

O bilionário é descrito pela Forbes como um homem casado, mas a BBC não conseguiu confirmar a identidade de sua companheira.

O OnlyFans não é o primeiro negócio de Radvinsky ligado à indústria pornográfica.

O investidor estudou economia na Northwestern University, perto de Chicago, Illinois, e se formou em 2002. Desde então, mergulhou em diversos projetos.

Antes de se tornar o único acionista da Fenix, empresa controladora da OnlyFans, ele fundou um serviço de referência de sites chamada Cybertania – os serviços de referência são endereços de internet usados para levar um visitante a outro site.

De acordo com a Forbes, o serviço ofereceu aos usuários links para senhas de conteúdo, incluindo pornografia, desde o final da década de 1990.

Antes de comprar o OnlyFans, ele também era dono de um bem sucedido negócio de webcams para conteúdo adulto.

Radvinsky não respondeu a um pedido de entrevista da BBC.

A Fenix, empresa proprietária do OnlyFans, ainda está registrada no Reino Unido, apesar de Radvinsky estar radicado nos EUA.

O diretor financeiro da empresa, Lee Taylor, está no Reino Unido, de acordo com os registros da Companies House.

Registros públicos mostram que o investidor e fundador Guy Stokely renunciou à controladora do OnlyFans em dezembro de 2021.

No mesmo mês, Tim Stokely, filho de Guy, deixou o cargo de executivo-chefe do OnlyFans para "se dedicar a novos empreendimentos".

Sob a propriedade de Radvinsky, o OnlyFans floresceu. Não está mais associado apenas à pornografia e alguns de seus maiores criadores publicam apenas conteúdo não explícito.

A empresa disse em agosto de 2023 que o faturamento do período atingiu US$ 525 milhões, acima dos US$ 432 milhões do ano anterior.

Só no ano passado, o número de criadores no OnlyFans aumentou 47%, para quase 3,2 milhões, enquanto o número de usuários aumentou 27%, para perto de 239 milhões.

Mas a plataforma também enfrentou críticas por parte de reguladores e governos.

A BBC News informou em 2021 que o OnlyFans não estava conseguindo impedir que usuários menores de idade vendessem e aparecessem em vídeos explícitos.

O OnlyFans disse à época que seus sistemas de verificação de idade iam além dos requisitos regulamentares.

Fonte: correiobraziliense

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