Veja quais empresas do Brasil adotarão semana de quatro dias em fase de teste

Tabalhar quatro dias na semana. Esse é um dos objetivos da iniciativa "4 Day Week", adotada por uma série de empresas no Brasil para realizar o teste e responder a pergunta: 'é possível ter mais produtividade em quatro dias de trabalho na semana?'

Para os organizadores do movimento "4 Day Week", a resposta é sim. "A Semana de quatro dias está sendo adotada em todo o mundo numa tentativa de melhorar a produtividade e o bem-estar no local de trabalho. Agora, os brasileiros também podem experimentá-la", diz um trecho da descrição da iniciativa.

O programa piloto será praticado em 16 empresas de variados ramos da economia. Há, por exemplo, um escritório de advocacia, uma empresa de contabilidade, além de iniciativas de engenharia e comunicação. Ao todo, serão cerca de 400 funcionário envolvidos. 

Confira a lista:

Uma questão trabalhista pode ser levantada pelas empresas, caso após a participação do 4 Day Week, o desejo dos gestores seja de retomar o trabalho de cinco dias na semana (40 horas). Segundo informou o site do movimento, advogados do escritório Clementino & Teixeira Advocacia, que participa da iniciativa, prestarão assessorias jurídicas a essas empresas.

Em entrevista à revista Forbes, as advogadas Soraya Clementino e Raquel Teixeira afirmaram que as empresas deixem claro que se trata de um projeto-piloto com fins acadêmicos que pode ser revertido e façam acordos coletivos ou individuais, a depender do caso. 

A iniciativa de trabalhar quatro dias, em vez de cinco na semana, já foi testada em outros países. No Reino Unido, por exemplo, o projeto piloto abrangeu 2900 colaboradores de 61 empresas neste ano.

Segundo o movimento 4 Day Week, 92% das empresas participantes continuarão com semana 4 dias, 39% dos colaboradores se sentiram menos estressados e 54% achou mais fácil conciliar vida pessoal e profissional. Na receita das empresas, em média, houve um aumento de 1,4% comparando com período similar nos anos anteriores.

Entre os funcionários, 15% dos participantes disseram que nenhum aumento de salário os faria voltar à semana de 5 dias.