22 de Novembro de 2024

Tecnologia não pode ser fator de exclusão no campo, alerta acadêmico


A terceira edição do CB Fórum Agro 4.0 ocorre na tarde desta quinta-feira (31/8), no auditório do Correio, em Brasília. As tecnologias 4.0 no agronegócio e a difusão do Ecossistema de Inovação é o tema do primeiro painel do evento, que tem participação de Rodrigo Maule, coordenador do Grupo de Políticas Públicas (GPP) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP).

“A questão do desenvolvimento de técnicas e avanços no campo são muito importantes e estão sendo tratadas com o devido cuidado, pelo o que eu vejo, na ABDI e no governo” afirma Maule. Ainda de acordo com ele, se não houver esse cuidado, a tecnologia “pode ser um fator de exclusão ainda maior no campo”.
Isso porque o agronegócio tem uma “diversidade muito grande”. Segundo o painelista, há 4 milhões de estabelecimentos rurais com diferentes tamanhos e maturação tecnológica.

 

 

“Um fator muito importante é como o Brasil vem se desenvolvendo na agricultura tropical. O país é líder de vários produtos na questão de produção, tecnologia, acúmulo de estudos de pesquisa e desenvolvimento sobre a agricultura tropical”, reflete. Maule também destaca que as tecnologias 4.0 podem auxiliar nas questões ambientais e também a aliviar o duro trabalho no campo.

"Não adianta só fazer desenvolvimento da tecnologia sem pensar de que forma vai chegar no campo, como vai ser aproveitada" Rodrigo Maule, coordenador do Grupo de Políticas Públicas da Esalq/USP

“Não adianta só fazer desenvolvimento da tecnologia sem pensar de que forma vai chegar no campo, como vai ser aproveitada” declara. Por fim, o painelista afirma que não acredita que o 5G seja necessário no agro. Para ele, uma boa conectividade 4G atenderia “plenamente”.

O CB Fórum Agro 4.0 discute formas de aumentar a produtividade no campo e incluir os produtores de menor porte e as culturas artesanais. O evento tem parceria com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

 


 

Fonte: correiobraziliense

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