O e-commerce aplicado ao setor farmacêutico tem testemunhado um crescimento global desde 2020, emergindo como uma ferramenta crucial para atender clientes e parceiros. Movido pela pandemia da covid-19, que impulsionou a demanda por suprimentos médicos e gerou maior familiaridade do público com a telemedicina, o e-commerce farmacêutico está projetado para atingir US$ 273,6 bilhões até 2032, conforme dados da Future Market Insights.
Assim como todos os setores estão conectados à internet e disponibilizando e-commerces, com o setor de farma não seria diferente. Dados da empresa de consultoria Mckinsey apontam que o setor de healthcare viu um crescimento de 38% no segmento de telemedicina. Já o ramo farmacêutico teve um salto de 6,6% entre julho de 2020 e julho de 2021, de acordo com dados da Associação Brasileira de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), movimentando cerca de R$ 103 bilhões no período.
De acordo com o Guia da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), o mercado farmacêutico brasileiro deve movimentar entre US$ 39 bilhões (R$ 162 bilhões) e US$ 43 bilhões (R$ 179 bilhões) em 2023, comercializando algo em torno de 238 milhões de doses.
"A projeção mostra que o país deve continuar investindo em formas de capilarizar esse tipo de negócio através da melhor gestão dos processos. Algo que é bem gerenciado tende a ter um crescimento e expansão consideráveis e o setor de farma no Brasil é a prova disso", aponta Antonio Nunes, CEO da Instaleap, empresa de tecnologia logística focada no varejo.
O setor movimentou mais de R$ 60 bilhões entre agosto de 2020 e julho de 2021, como revela um estudo conduzido pela Fundação Instituto de Administração (FIA) da USP, divulgado pela Abrafarma.
As projeções para este ano indicam que o Brasil está caminhando para se tornar o quinto maior mercado mundial de suprimentos médicos, com um crescimento esperado de 10,5% somente em 2023, segundo dados da consultoria IQVIA.
Em um mercado aquecido, em que as vendas estão em ascensão, a adoção do e-commerce pelas farmácias se tornou essencial para atender às demandas dos consumidores tanto no ambiente B2B quanto B2C. O Brasil conta com mais de 118 mil CNPJs de varejistas focados no setor farmacêutico, de acordo com dados do DataSebrae. Durante a pandemia, a reestruturação das vendas por meio de canais digitais surgiu como uma solução permanente, gerando uma série de novas oportunidades de negócios no país.
"Hoje, com 17,43% do mercado e um total de 84 mil farmácias existentes no país, além de mais de 4 mil distribuidores de medicamentos no Brasil — os quais fazem ponte entre laboratórios e farmácias —, o e-commerce aplicado com uma estratégia omnichannel de ponta a ponta faz com que os processos se tornem cada vez mais rápidos, eficientes e mais controlados durante toda a cadeia. O desafio para que o setor continue crescendo é entender como melhor atender os consumidores finais, desde o oferecimento de canais de acesso aos medicamentos e produtos de forma intuitiva até a entrega rápida", explica o CEO da Instaleap.
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