Nesta quinta-feira (14/9) é celebrado o Dia Internacional da Capivara, um animal que chama atenção por sua mansidão e calmaria, mas que também traz alertas de saúde por poder carregar o carrapato que transmite a febre maculosa.
Segundo o Brasília Ambiental (Ibram), as capivaras têm em média 1,2 metros, pesam de 20 a 80 quilos e podem viver 15 anos. Elas se destacam por levarem o título de maior roedor do mundo. São animais herbívoros, se alimentam de capim, grama, ervas e vegetação aquática. As fêmeas têm um período de gestação de cinco meses e nascem, em média, cinco filhotes.
E não se assuste se ouvir gritos roucos quando estiver perto de uma capivara, é assim que elas se comunicam. Elas usam esses grunhidos para sinalizar quando se sentem ameaçadas. Mas se os gritos forem mais curtos e agudos, significa que elas estão orientando e mantendo o grupo unido.
O habitat natural das capivaras são margens de rios e lagos, áreas alagáveis e próximo à represas. Elas são animais semiaquáticos e possuem pequenas membranas entre os dedos, que ajudam no nado. No Distrito Federal é muito comum vê-las passeando ao longo das margens do Lago Paranoá.
As capivaras são animais tão fofos que viraram personagem na animação da Disney Encanto, que conta a história de uma família colombiana. Elas inspiraram até uma cafeteria japonesa, que tem capivaras na decoração e circulando pelo ambiente.
Justamente por essa grande interação do animal com a vida urbana, é preciso ter cuidado, já que a capivara pode carregar o chamado carrapato estrela, que se estiver contaminado com a Rickettsia, pode transmitir a febre maculosa. O subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero Martins, destaca, no entanto, que em duas décadas esse tipo de carrapato não foi encontrado no Lago Paranoá.
Nesta semana, o DF registrou um caso suspeito de febre maculosa. Uma criança teria pegado a doença após ser picada por um carrapato enquanto brincava às margens do Lago Paranoá. Em 2023, a Secretaria de Saúde (SES-DF) recebeu 104 notificações de possíveis infecções, sendo que 42 continuam sob investigação e 62 foram descartadas. A Vigilância à Saúde tem feito, independentemente do resultado da criança, uma varredura em toda a orla do lago, para saber se tem a presença do carrapato estrela nas bordas da bacia.
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