A maior amostra já coletada de um asteroide por cientistas na história — e a primeira feita pela Nasa —pousou no deserto do estado de Utah, nos Estados Unidos, neste domingo (24/9). A aterrisagem ocorre sete anos após o lançamento da sonda Osiris-Rex, que foi a responsável por coletar a amostra.
Segundo a agência espacial dos EUA, a amostra, coletada do asteroide Bennu, ainda em 2020, deve conter cerca de 250 gramas de material, muito mais do que dois asteroides anteriores trazidos por missões japonesas.
Pouso de material coletado pela Nasa com o OSIRIS-REx de asteroide
Keegan BARBER / NASA / AFP
Pouso de material coletado pela Nasa com o OSIRIS-REx de asteroide
Keegan BARBER / NASA / AFP
Pouso de material coletado pela Nasa com o OSIRIS-REx de asteroide
Keegan BARBER / NASA / AFP
Pouso de material coletado pela Nasa com o OSIRIS-REx de asteroide
Keegan BARBER / NASA / AFP
Pouso de material coletado pela Nasa com o OSIRIS-REx de asteroide
Keegan BARBER / NASA / AFP
Este material vai "ajudar a compreender melhor os tipos de asteroides que poderiam ameaçar a Terra", destacou o diretor da Nasa, Bill Nelson.
Trata-se da "maior amostra já recuperada desde as rochas lunares" do programa Apollo, que terminou em 1972, contou à AFP a cientista da Nasa Amy Simon, antes do pouso.
Aproximadamente quatro horas antes do horário programado, a sonda Osiris-Rex lançou a cápsula contendo a amostra, a mais de 100 mil quilômetros da Terra.
A cápsula atravessou a atmosfera durante 13 minutos: entrou com uma velocidade superior a 44.000 quilômetros por hora e chegou a registrar uma temperatura de 2.700°C.
A Osiris-Rex continuou sua missão em direção a outro asteroide.
Os asteroides são formados por materiais originários do Sistema Solar que, diferentemente da Terra, permaneceram intactos. Logo, eles contêm "pistas sobre como o Sistema Solar se formou e evoluiu. É a história da nossa própria origem", explicou Melissa Morris, diretora do programa Osiris-Rex.
Ao colidirem com o planeta Terra, "pensamos que os asteroides e os cometas trouxeram matéria orgânica, potencialmente água, que ajudou a desenvolver a vida na Terra", disse Simon.
Os cientistas acreditam que Bennu, que possui 500 metros de diâmetro, é rico em carbono e contém moléculas de água envoltas em minerais.
A superfície do asteroide mostrou ser menos densa do que o esperado. Logo, compreender melhor sobre sua composição poderá ser útil no futuro.
Há um pequeno risco (uma chance em 2.700) de que Bennu colida com a Terra em 2182, o que seria catastrófico.
Em 2022, a Nasa conseguiu desviar a trajetória de um asteroide ao impactá-lo.
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