22 de Novembro de 2024

Missão retorna à Terra com 1ª amostra de asteroide já coletado pela Nasa


A maior amostra já coletada de um asteroide por cientistas na história — e a primeira feita pela Nasa —pousou no deserto do estado de Utah, nos Estados Unidos, neste domingo (24/9). A aterrisagem ocorre sete anos após o lançamento da sonda Osiris-Rex, que foi a responsável por coletar a amostra.

Segundo a agência espacial dos EUA, a amostra, coletada do asteroide Bennu, ainda em 2020, deve conter cerca de 250 gramas de material, muito mais do que dois asteroides anteriores trazidos por missões japonesas.

  • Pouso de material coletado pela Nasa com o OSIRIS-REx de asteroide Keegan BARBER / NASA / AFP
  • Pouso de material coletado pela Nasa com o OSIRIS-REx de asteroide Keegan BARBER / NASA / AFP
  • Pouso de material coletado pela Nasa com o OSIRIS-REx de asteroide Keegan BARBER / NASA / AFP
  • Pouso de material coletado pela Nasa com o OSIRIS-REx de asteroide Keegan BARBER / NASA / AFP
  • Pouso de material coletado pela Nasa com o OSIRIS-REx de asteroide Keegan BARBER / NASA / AFP

Este material vai "ajudar a compreender melhor os tipos de asteroides que poderiam ameaçar a Terra", destacou o diretor da Nasa, Bill Nelson.

Trata-se da "maior amostra já recuperada desde as rochas lunares" do programa Apollo, que terminou em 1972, contou à AFP a cientista da Nasa Amy Simon, antes do pouso. 

Aproximadamente quatro horas antes do horário programado, a sonda Osiris-Rex lançou a cápsula contendo a amostra, a mais de 100 mil quilômetros da Terra.

A cápsula atravessou a atmosfera durante 13 minutos: entrou com uma velocidade superior a 44.000 quilômetros por hora e chegou a registrar uma temperatura de 2.700°C.

A Osiris-Rex continuou sua missão em direção a outro asteroide.

Os asteroides são formados por materiais originários do Sistema Solar que, diferentemente da Terra, permaneceram intactos. Logo, eles contêm "pistas sobre como o Sistema Solar se formou e evoluiu. É a história da nossa própria origem", explicou Melissa Morris, diretora do programa Osiris-Rex. 

Ao colidirem com o planeta Terra, "pensamos que os asteroides e os cometas trouxeram matéria orgânica, potencialmente água, que ajudou a desenvolver a vida na Terra", disse Simon. 

Os cientistas acreditam que Bennu, que possui 500 metros de diâmetro, é rico em carbono e contém moléculas de água envoltas em minerais.

A superfície do asteroide mostrou ser menos densa do que o esperado. Logo, compreender melhor sobre sua composição poderá ser útil no futuro. 

Há um pequeno risco (uma chance em 2.700) de que Bennu colida com a Terra em 2182, o que seria catastrófico. 

Em 2022, a Nasa conseguiu desviar a trajetória de um asteroide ao impactá-lo.

*Com informações da Agência France-Press

Fonte: correiobraziliense

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