O mercado de câmbio doméstico foi mais uma vez tragado pela onda de aversão ao risco no exterior, com mergulho das bolsas em Nova York, escalada das taxas dos Treasuries e fortalecimento global do dólar. Dados acima do esperado do mercado de trabalho americano reforçaram a perspectiva de alta adicional da taxa básica pelo Federal Reserve e a permanência dos juros em níveis elevados nos EUA por período prolongado.
Com sinal positivo desde a abertura, o dólar acelerou o ritmo de alta ao longo da tarde, acompanhando a deterioração do ambiente externo, e correu até o nível de R$ 5,16. Com máxima a R$ 5,1603, o dólar à vista subia no fim do dia 1,73%, cotado a R$ 5,1543 - maior valor de fechamento desde 28 de março (R$ 5,1648). Nos dois primeiros pregões de outubro, a divisa já acumula valorização de 2,54%.
Lá fora, o índice DXY voltou a superar a linha dos 107,000 pontos, mas teve seu ímpeto em parte contido pela valorização do iene à tarde. Operadores especularam que a mudança de rota estaria associada à intervenção de autoridades do Japão, após o dólar atingir o maior nível em relação à moeda japonesa desde outubro de 2022. A moeda americana subiu em bloco em relação a divisas emergentes e de países exportadores de commodities. O real apresentou perdas similares a dos pesos mexicano e colombiano, as duas divisas que ainda lideram os ganhos na comparação com o dólar em 2023.
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