Em qual fase da vida o ser humano é mais feliz? Essa questão serviu como ponto de partida para um estudo publicado na revista científica Psychological Bulletin. Para responder isso, o grupo de cientistas da Alemanha e da Suíça analisou cerca de 460 mil pessoas.
Para que o estudo pudesse se desdobrar, os cientistas envolvidos se concentraram em três aspectos:
Até então, a comunidade científica tinha uma teoria em pauta: a felicidade atinge o pico durante os 20 anos, passa por uma queda significativa e retoma esse ápice apenas na velhice.
Mas de acordo com esse novo estudo, a satisfação com a vida diminui entre os 9 e os 16 anos, depois aumenta ligeiramente até aos 70 anos, antes de diminuir novamente até aos 96 anos.
Já no que diz respeito aos estados emocionais positivos, os autores observam um declínio geral ao longo de toda a vida, dos 9 aos 94 anos. Em contrapartida, os estados emocionais negativos oscilam entre os 9 e os 22 anos de idade, antes de diminuir ao longo da idade adulta até os 60 anos, quando voltam a aumentar.
A conclusão dos cientistas é que a puberdade e a adolescência são épocas estressantes, cheias de mudanças e pressões sociais, por isso a satisfação com a vida possa diminui durante esse período.
Já na velhice, o declínio da saúde e a perda de amigos e entes queridos podem contribuir para uma diminuição do bem-estar.
Conforme reconhece o próprio estudo, não há uma resposta direta para a fase da vida em que o ser humano é mais feliz. No entanto, a expectativa dos autores é que essas descobertas de padrões distintos possam ser usadas para adaptar melhor os esforços para promover a felicidade em diferentes faixas etárias.
A cada ano, a Organização das Nações Unidas (ONU) faz um Ranking da Felicidade com as pontuações do bem-estar de aproximadamente 140 países. De 2022 para 2023, o Brasil apresentou notável declínio no ranking, já que caiu 11 posições, ficando em 49º. O último levantamento considerou dados recolhidos entre 2019 e 2021, o que levou o Brasil ao 38º lugar.
Para saber o índice de felicidade, a instituição pede à população pesquisada que relate, em uma escala de 1 a 10, a nota que daria à própria vida. Dados como PIB per capita, expectativa de vida saudável, apoio social, generosidade, liberdade e percepção de corrupção estão entre os indicadores também considerados para o ranking. Estudos também já indicaram como alcançar a felicidade.
Utilizamos cookies próprios e de terceiros para o correto funcionamento e visualização do site pelo utilizador, bem como para a recolha de estatísticas sobre a sua utilização.