22 de Novembro de 2024

Nova espécie de dinossauro pescoçudo é descoberta na Espanha


O encontro de fósseis de dinossauros pescoçudos na Espanha pode ajudar a desvendar a origem de alguns desses saurópodes, e, no caso da mais recente descoberta, levar à descrição de uma espécie totalmente nova. O Garumbatitan morellensis é o mais novo dinossauro da província de Valência, com mais de 100 milhões de anos e restos muito bem preservados.

Os responsáveis pela descoberta foram cientistas da Universidade de Lisboa, Universidade Nacional de Educação à Distância (UNED) da Espanha e mais algumas instituições ibéricas, que publicaram um artigo sobre o achado no periódico científico Zoological Journal of the Linnean Society. Segundo os pesquisadores, é um dos fósseis mais bem preservados do baixo Cretáceo na Europa, com detalhes que podem ajudar a desvendar a história evolucionária dos dinossauros pescoçudos da região.

A recém descrita espécie faz parte de um subgrupo de saurópodes chamado Somphospondyli, titanosauriformes (ou seja, que têm características dos titanossauros) que se espalharam pelo mundo ao longo do período Cretáceo, entre 145 milhões e 66 milhões de anos atrás. Restos dessa família de dinossauros foram encontrados em todos os continentes, dificultando aos cientistas saber qual seria o seu lugar de origem.

 

A newly described titanosaurform sauropod from Early Cretaceous Morella, Spain, Garumbatitan is estimated around 11 meters tall and 25 meters long. It represents the best known taxon from the Early Cretaceous of Iberia pic.twitter.com/A7Fh2jVnc8

É aí que a chegada do G. morellensis ajuda — segundo análises da equipe, a espécie é "primitiva" em relação aos seus parentes já achados, o que pode indicar uma origem europeia aos Somphospondyli. Os restos do gigante foram encontrados no sítio arqueológico de Sant Antoni de la Vespa, próximo à cidade de Morella, entre 2005 e 2008. O local, que fica no leste da Espanha, já proveu diversos fósseis de dinossauro à ciência, e deve seguir revelando novos restos, segundo os pesquisadores.

Do G. morellensis, foram achadas vértebras, ossos do pé e da perna, indicando ter vindo de pelo menos três indivíduos diferentes. A datação coloca os fósseis no início do período Cretáceo, entre 145 milhões e 100,5 milhões de anos atrás. Os pés são o elemento mais incrivelmente preservado, segundo os cientistas, estando quase completos e articulados, algo raro nos registros arqueológicos.

Não foi possível calcular o tamanho que a espécie atingia em sua época, mas os fósseis indicam um tamanho considerável. Algumas das vértebras achadas chegam a um metro de largura, enquanto um dos fêmures têm dois metros de comprimento. Isso leva a uma estimativa de dez metros de altura e um consumo de vegetação entre 30 e 40 quilos por dia, já que esses dinos eram herbívoros.

 

DOI: 10.1093/zoolinnean/zlad124

Credibilidade: 999#Fósseis

 

Somente as vértebras de Garumbatitan morellensis tinham quase um metro de largura.

 

Conheça o Garumbatitan morellensis, uma nova espécie de grande… pic.twitter.com/grJqlwmr9f

O nome homenageia tanto seu tamanho quanto o local de encontro — Garumbatitan significa "gigante de Garumba", referência a Muela de la Garumba, pico montanhoso na região de Els Ports, próxima aos fósseis, enquanto Morellensis se refere à cidade próxima de Morella.

Fonte: correiobraziliense

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