24 de Fevereiro de 2025

IPGF, do FGV Ibre, registra queda de 0,08% em setembro


O Índice de Preços dos Gastos Familiares (IPGF), novo indicador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), registrou queda de 0,08%, em setembro, na comparação com agosto, primeiro mês da série. “O dado ficou negativo porque a alimentação tem um peso grande nesse indicador e registrou desaceleração”, explicou Matheus Peçanha, economista do FGV Ibre.

O especialista destacou que o indicador de agosto sofreu atualização, e, com isso, a variação foi revisada de 0,03% para 0,19%. Ele lembrou que o dado ainda ficou abaixo da inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que registrou altas de 0,23%, em agosto, e de 0,26%, em setembro.

De acordo com Peçanha, a metodologia do novo indicador, que tem uma cesta de produtos menor do que o IPCA e tenta mapear o comportamento de consumo do consumidor, como substituição de produtos, como ocorre na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), também do IBGE. “Com a metodologia do índice, os dados de agosto contavam com uma previsão feita em julho e a revisão inclui os dados reais. E um dos fatores para essa revisão foi o peso da gasolina, que aumentou porque a inflação de agosto, cuja previsão era de 3,38%, foi de 5,02%, Agora, em setembro, foi feito a mesma coisa, e, provavelmente, haverá revisão em outubro, mas acredito que a diferença será menor”, explicou.

O economista lembrou que os alimentos têm um peso maior no IPGF do que o IPCA, e, como os preços dos alimentos estão desacelerando, há uma diferença maior entre os dois índices. Em setembro, conforme os dados do IBGE, o IPCA acumulou altas de 3,50%, no ano, e de 5,19% nos 12 meses encerrados em setembro. Enquanto isso, o IPGF registrou elevações de 2,22% e de 3,63%, respectivamente.

De acordo com Matheus Peçanha, antes de o FGV Ibre lançar o IPGF, o indicador foi apresentado para técnicos e analistas do Banco Central, que contribuíram para a construção da metodologia. Agora, segundo ele, os técnicos do Ministério da Fazenda estão interessados em entender melhor o indicador. “A grande vantagem desse índice, apesar de ter menos indicadores do que o IPCA, é que ele tenta capturar, de fato, as mudanças de comportamento do consumidor na composição da cesta de compras em função da variação de preços dos produtos”, afirmou.

 

Fonte: correiobraziliense

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