23 de Novembro de 2024

Tesouro direto lança sistema de investimento coletivo


A partir de agora, quem tem menos de 18 anos pode abrir uma conta dentro do Tesouro Direto. O anúncio foi feito pela Secretaria do Tesouro Direto, do Ministério da Fazenda, nesta quinta-feira (19/10). De acordo com a pasta, a iniciativa tem por objetivo simplificar a entrada desse público no mundo dos investimentos.

Para abrir a conta, os pais do jovem ou da criança podem acessar o site do Tesouro Direto e clicar em abrir uma conta para um menor de idade. Após esse procedimento, o responsável deve fazer um tutorial para entender como funciona o processo de abertura de conta nesse contexto.

Realizada as duas primeiras etapas, o usuário deve criar uma conta gov.br, ou apenas entrar com o login, caso ele já tenha o cadastro. O passo seguinte é o preenchimento de dados pessoais, tanto do responsável que está abrindo a conta quanto do beneficiário, que, no caso, é o menor de idade.

Com os dados preenchidos, deve-se abrir uma conta em uma das duas corretoras disponíveis para a realização desse serviço. No momento, as únicas instituições que aderiram plenamente ao projeto são o Banco Inter e a Órama Investimentos. Por fim, é só assinar clicar no botão para assinar a ficha eletronicamente e aguardar o aviso da conclusão.

A iniciativa tem a parceria da B3, a bolsa de valores brasileira. Para o diretor de Relacionamento com Clientes e Pessoas Físicas da B3, Felipe Paiva, já há conversas para que mais instituições aderem à nova modalidade de investimento. “Filhos e filhas já podem começar a se cadastrar e criar campanha para que seja possível que outras pessoas participem desse programa de formação da poupança”, comentou.

Outra modalidade de investimento lançada nesta quinta pelo Tesouro Direto, foi a possibilidade de abrir uma conta coletiva. A ideia, segundo a secretaria, é que a família — ou amigos — se unam para planejar o futuro de crianças e adolescentes que convivem no ambiente familiar ou social mais próximo.

Nesse contexto, para se abrir uma conta coletiva, é preciso acessar o site do Tesouro e entrar com login e senha da conta gov.br. Após isso, é possível simular a campanha — ou seja, quanto que o dinheiro aplicado pode render nesse tipo de investimento — para definir as metas de ganhos após determinado período de tempo.

Selecionada a campanha, o usuário deve criá-la, adicionando informações como o nome (ex: faculdade do João), descrição e corretora. Feito isso, já é possível compartilhar o link da conta com familiares e amigos, sem limite máximo estabelecido de participantes.

O amigo ou familiar que acessar o link poderá selecionar o título ou valor no qual irá cooperar, após realizar a identificação. O pagamento será feito via Pix e ao final da transação, o apoiador receberá um chamado “protocolo de incentivo”. É possível também, após isso, acompanhar rotineiramente a evolução do investimento pelo mesmo portal.

Na avaliação do Secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, esse novo tipo de conta irá propiciar a discussão da poupança educacional dentro do seio familiar. “Nós criamos toda uma sistemática para incentivar a recorrência, ou seja, o planejamento financeiro. Se você depositar R$ 1 mil ou R$ 30 no mês vai ser a mesma coisa em termos de cupons. Então não faz diferença para quem tem mais (ou menos) recursos”, destacou.

Os cupons no qual o secretário se refere são bilhetes para participar de sorteios que possibilitam a conquista de valores em dinheiro. Esse projeto integra o programa Tesouro Educa+, criado neste ano pelo Ministério da Fazenda, que tem como objetivo o planejamento financeiro da educação dos filhos.

“Nós buscamos principalmente levar à recorrência. Não apenas que você invista uma vez ou duas vezes. Não. Todo mês você separa um pedacinho do seu dinheiro, R$ 100, R$ 200, ou até valores menores, que o Tesouro Educa+ já começa a possibilidade de investimento a partir de R$ 30, R$ 40, então você já encontra ali o seu título para fazer um investimento”, frisou o subsecretário da Dívida Pública Federal (DPF), Luiz Fernando Alves.

Como destacou o subsecretário, é possível iniciar um investimento dentro desse programa com uma quantia mínima de R$ 30. Nesta tarde, foram divulgados os quatro primeiros vencedores do sorteio entre os que abriram uma conta nessa modalidade. A auxiliar administrativa Jessiane Silva foi uma das que levou um prêmio de R$ 5 mil para investir no futuro do jovem Ícaro.

A mãe conta que planeja depositar R$ 150 todo o mês, até o filho completar 18 anos de idade. “Eu e meu marido decidimos procurar um investimento para fazer para ele. Eu já conheço o Tesouro Direto porque eu já investi algumas vezes no Tesouro Selic, e, inicialmente, eu queria investir para ele no Tesouro Selic, quando eu descobri sobre o Tesouro Educa+, que decidimos então que seria o investimento que faríamos para ele”, disse Jessiane.

O secretário-executivo adjunto do Ministério da Fazenda, Gregório Durlo Grisa, ainda destacou que a iniciativa visa mitigar as desigualdades existentes no sistema educacional brasileiro. A ideia é possibilitar que os pais tenham mais facilidade em impulsionar a trajetória estudantil e acadêmica dos filhos.

“Um dos grandes gargalos da nossa hierarquia social é justamente que os filhos dos que não têm diploma não se diplomam e os filhos dos que têm diplomas muito prestigiados são justamente os que vão para esses cursos. A gente tem que mexer um pouco nessa dinâmica e acho que o Educa+ é uma iniciativa nessa direção”, pontuou.

* Estagiário sob a supervisão de Carlos Alexandre de Souza

Fonte: correiobraziliense

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