22 de Novembro de 2024

Segundo comboio com ajuda humanitária entra na Faixa de Gaza


O segundo comboio com ajuda humanitária entrou na Faixa de Gaza neste domingo (22/10). Dessa vez, apenas 17 caminhões foram autorizados a cruzarem Rafah, na fronteira com o Egito. Mais de 100 veículos com ajuda humanitária aguardam autorização para entrada na região, que abriga mais de 2 milhões de habitantes e é alvo de constantes bombardeios israelenses desde 7 de outubro, quando o grupo extremista Hamas atacou Israel.

No sábado (21/10), 20 caminhões chegaram na Faixa de Gaza. A liberação de ajuda humanitária à Gaza é uma reivindicação internacional. A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que são necessários ao menos 100 caminhões diários para ajudar os moradores da região. A população enfrenta falta de água, energia elétrica, alimentos e medicamentos.

"Estima-se que existam cerca de 1,4 milhões de pessoas deslocadas internamente em Gaza, com quase 566.000 abrigadas em 148 abrigos de emergência designados pela Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente, em condições cada vez mais terríveis. Há relatos de famílias deslocadas que regressam ao norte de Gaza devido aos bombardeamentos contínuos e à incapacidade de satisfazer as necessidades básicas no sul", relata a ONU.

O Organização Mundial da Saúde têm ressaltado sobre a importância da autorização da entrada de combustíveis na região, além de alimentos e insumos médicos. “O combustível também é necessário para geradores hospitalares, ambulâncias e usinas de dessalinização – e instamos Israel a adicionar combustível aos suprimentos vitais autorizados a entrar em Gaza”, disse o diretor geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em coletiva de imprensa.

Na sexta-feira (20/10), o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, visitou a passagem de Rafah e destacou a urgência da chegada de ajuda humanitária. Segundo ele, os caminhões com suprimentos devem entrar “todos os dias para fornecer apoio suficiente ao povo de Gaza.”

Profissionais de saúde que atuam na região detectaram casos de varicela, sarna e diarreia, por causa das más condições de saneamento e ao consumo de água de fontes inseguras em Gaza. "A previsão é a de que a incidência de tais doenças aumente, a menos que as instalações de água e saneamento recebam eletricidade ou combustível para retomarem as operações", destaca a ONU.

Mais de 4,7 mil pessoas morreram na Faixa de Gaza desde o início do conflito. Em Israel, as mortes somam 1,4 mil.

Fonte: correiobraziliense

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