Babá brasileira: mãe de suspeita de morte alega legítima defesa

Marina Peres Souza, mãe da babá brasileira Juliana Peres Magalhães, que foi presa nos Estados Unidos por suspeita de matar um homem a tiros, alegou que a filha agiu por legítima defesa. A jovem mora no país há dois anos e é acusada de assassinar Joseph Ryan, de 39 anos. Ainda não há informações sobre o que o homem  fazia na residência onde a jovem trabalhava. A polícia não encontrou sinais de arrombamento no local.

Christine Banfield, de 37 anos, dona da casa e contratante da babá brasileira, também foi encontrada morta. “Ela me falou que o caso tinha sido arquivado, e que a polícia tinha concluído que quem matou a Christine foi o Joseph Ryan, porque eles eram ex-companheiros. E aí a gente ficou sabendo uns dois dias antes da prisão que eles estavam investigando (ela). Eles emboscaram ela”, disse a mãe de Juliana, em entrevista à Folha de S.Paulo.

O crime ocorreu em 24 de fevereiro, mas a polícia só concluiu as investigações na última quinta-feira (19/10), o que resultou na prisão da babá brasileira.

De acordo com a nota oficial divulgada pela polícia do Condado de Fairfax, Juliana foi presa pelo homicídio doloso de Joseph Ryan e levada ao Centro de Detenções de Adultos do condado. Ela permanece sob custódia, sem possibilidade de fiança. O julgamento segue sem previsão. Os detetives ainda investigam as circunstâncias que levaram ao esfaqueamento fatal de Christine Banfield.

Brendan Banfield, marido da dona da casa na qual Juliana trabalhava, se recusou a prestar depoimento à polícia. Ele é agente do FBI (Departamento Federal de Investigação, em português). A filha do casal, de 4 anos, estava na residência no momento da invasão, mas não ficou ferida. Juliana e Brendan que fizeram a ligação para a polícia informando do crime.