Os bombardeios feitos pelas forças de defesa de Israel em Gaza, em resposta ao ataque do grupo radical Hamas, mataram, até esta terça-feira (24/10), 2.055 crianças. No total, 5.087 pessoas morreram nos 18 dias de conflito. Os dados são do Ministério de Saúde de Gaza. Até a última atualização desta matéria, o governo de Israel não se pronunciou sobre os números.
Apenas entre domingo (22/10) e segunda-feira (23/10), 436 palestinos foram mortos em ataques de Israel. Desses, 182 eram crianças. A ofensiva tem sido chamada por alguns veículos que cobrem o Oriente Médio como “guerra de Israel contra as crianças de Gaza”.
De acordo com a ONG Defesa Internacional das Crianças para a Palestina (DCIP), até 19 de outubro, última quinta-feira, uma criança foi morta a cada 15 minutos em Gaza pelos bombardeios israelitas. Em outra estimativa, mais de 100 crianças foram mortas por dia até 19 de outubro.
Em Israel, pelo menos 14 crianças estão entre as 1,4 mil vítimas do ataque do Hamas, em 7 de outubro.
Steve Sosebee, fundador da ONG Fundo de Apoio às Crianças Palestinas (PCRF) compartilhou, na segunda-feira (24/10), a morte de um palestino de 7 anos, que foi tratado de um câncer na instituição, mas foi morto por uma bomba que atingiu o prédio dele.
“Este é Mujahid. Ele tinha 7 anos. Nós o tratamos em nosso departamento #cancer . Este foi o seu último desenho - uma mensagem de agradecimento pelo #chemo que recebeu enquanto vivia na bloqueada Faixa de Gaza. Ontem à noite, uma bomba foi lançada em sua casa, matando ele e toda a sua família”, escreveu o líder da ONG.
Pelo menos 130 bebês prematuros correm perigo de morrerem se as reservas de combustível dos hospitais de Gaza acabarem — o estoque está em nível alarmante, como alertou a ONU. Outras 38 crianças que dependem de máquinas de diálise para se manterem vivos também correm risco de vida.
Além disso, os serviços de emergência de Israel estimam que 830 crianças palestinas estão desaparecidas nos escombros dos prédios destruídos pelos ataques aéreos. Outras 4.992 crianças ficaram feridas pela ofensiva.
“Estamos testemunhando um genocídio em tempo real”, disse um porta-voz da Defesa Internacional das Crianças – Palestina (DCIP). A ONG também repudia os “ataques indiscriminados e diretos contra civis”, o que chamou de crime de guerra.
“O direito humanitário internacional proíbe ataques indiscriminados e desproporcionais e exige que todas as partes num conflito armado distingam entre alvos militares, civis e bens civis”, pontua.
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