23 de Novembro de 2024

Máscara vendida por R$ 750 é leiloada por milhões após seis meses


Uma máscara foi encontrada por um casal de aposentados com mais de 80 anos, nas instalações de uma casa de veraneio, localizada na cidade de Alés, na França. O achado ocorreu no ano de 2021. 

O casal, então, pediu para um comerciante para comprar a máscara, que pagou 130 euros (cerca de R$ 750, na cotação atual). 

Seis meses depois da negociação, o casal viu a peça à venda em um catálogo de uma casa de leilões da cidade francesa de Montpellier. O preço inicial do leilão era de 300 mil euros (R$ 1,5 milhão), mas a peça foi vendida por 4,2 milhões de euros (R$ 22 milhões). As informações foram publicadas pela rede BBC.

O casal processou o comerciante que pagou R$ 750 na peça. Na terça-feira (31), aconteceu a primeira audiência do processo. O homem afirma que ele mesmo não sabia que a máscara era tão rara e que seria leiloada por R$ 22 milhões.

O antigo proprietário da casa, onde foi encontrado o adereço leiloado, chamava-se René-Victor Fournier. O catálogo do leilão afirma que a máscara vendida foi obtida por volta de 1917 em "circunstâncias desconhecidas".  

De acordo com informações da rede RFI, Fournier havia trabalhado em Dakar e no Congo. Nessas ocasiões, ele teria comprado o adereço em uma viagem para o Gabão.

A máscara foi feita pelo povo Fang. O objeto tem cerca de 55 centímetros de altura, é feito de madeira, e representa a figura humana. O adereço, estima-se, pode ter sido feito no século 19.  

Segundo a BBC, um especialista disse à mídia francesa que existem apenas cerca de dez máscaras como essa feitas por mestres do povo Fang, e que a peça seria mais rara do que uma pintura de Leonardo da Vinci.

Acredita-se que a máscara era de um grupo de vigilantes que se incumbia de afastar problemas, como pessoas que praticavam feitiçaria.

O governo do Gabão pede para que o processo envolvendo a venda da máscara seja suspenso e que a peça seja devolvida ao país. O argumento se dá pelo fato de o adereço ter sido produzido e encontrado no país. 

Fonte: correiobraziliense

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