Rebeldes separatistas mataram cerca de 20 pessoas, incluindo mulheres e crianças, nesta segunda-feira (6), em um ataque a uma aldeia em uma das regiões de língua inglesa de Camarões, informou o governo.
O ataque noturno ocorreu na aldeia de Egbekaw, no oeste de Camarões, palco de confrontos entre rebeldes e forças do governo durante anos.
"Havia homens, mulheres e crianças, mais de 20 mortos", disse o ministro da Presidência, Mengot Victor Arrey-Nkongho, à rádio pública. "É intolerável", acrescentou.
As regiões noroeste e sudoeste de Camarões, principalmente de língua inglesa, estão em conflito desde que os separatistas declararam a independência em 2017.
A rebelião surgiu após décadas de queixas da população destas regiões sobre suposta discriminação contra a maioria de língua francesa.
Os agressores abriram fogo no meio da noite, usando também "armas tradicionais", disse o prefeito do departamento de Manyu, Viang Mekala, à rádio.
"Há cerca de 20 mortos e sete gravemente feridos, uma dezena de casas queimadas", acrescentou.
O presidente Paul Biya, de 90 anos, que está no poder há 41 anos, recusa-se a conceder uma autonomia mais ampla a estas regiões e respondeu à rebelião com repressão.
O conflito já deixou mais de 6.000 mortos e forçou mais de um milhão de pessoas a fugirem de suas casas, segundo o International Crisis Group.
Os grupos armados foram acusados de sequestrar, matar e ferir civis, os quais acusam de "colaborar" com as autoridades camaronesas.
As ONGs internacionais e as Nações Unidas acusam as forças de segurança de assassinar e torturar civis suspeitos de simpatizarem com os rebeldes.
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